MEDITANDO NO TRABALHO MISSIONARIO

Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Isaías 6:8

sábado, 30 de junho de 2012

DEUS SENTADO NO BANCO DOS RÉUS



Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem - Romanos 1:32

Pr Edson Rosendo de Azevedo

Criado à imagem de Deus, ser racional, com o propósito mais sublime – adorar a Deus, o homem se meteu em muitas astúcias e contradições, tornando-se protagonista dos maiores absurdos de todas as criaturas, dos atos mais bestiais de todos os seres, dos paradoxos mais intensos dentre todos os cometidos. Os absurdos dos homens são tamanhos que todos os seres irracionais, incluindo os abutres, os animais peçonhentos e até as bactérias de esgotos, se tornaram credores impagáveis junto a eles.

 Dentre todos os absurdos realizados, o homem cometeu a insanidade de julgar a Deus, de colocá-lo no banco dos réus, de lhe impor um julgamento injusto, anárquico, irreverente e irracional. Jesus foi conduzido ao governador Pilatos, vassalo romano, tendo como promotores os membros do Sinédrio, que o acusaram com veemência, sendo interrogado pelo governador romano. Este, depois, o remeteu a outro governador romano, que dele escarneceu e o desprezou, tendo-o exposto ao ridículo quando ordenou que o vestissem com roupas de palhaço. Daí o devolveu ao governador de origem, que o interrogou mais uma vez e, finalmente, expediu o veredicto de condenação, mesmo não tendo encontrado nele qualquer indício de que tenha cometido um crime digno da pena máxima. Tudo isso aconteceu! Como pode o adorador julgar o seu Deus? Como pode a criatura julgar o seu Criador? Como pode o súdito julgar o seu Rei? Como pode o verme julgar o Soberano? Jesus estava ali, sentado no banco dos réus, porém réus eram o Sinédrio, Pilatos e Herodes. Que os crentes não cometam o desatino de julgar a Deus, achar que Ele poderia ter feito assim ou assado, achar que tal e tal ponto de vista é muito duro. Que nenhum crente se ache na condição irracional de ser reprovador do Senhor, mas que todos se humilhem diante de sua perfeição, santidade e, principalmente, diante de sua graça, que nos absolveu – nós, criminosos, que estávamos sentados no banco dos réus, já condenados, e Ele nos mudou a sentença, tirando-nos da morte e dando-nos a vida, a vida eterna.
Edson Rosendo de Azevedo é pastor da Primeira Igreja Batista de Caruaru

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A ELEIÇÃO EM CRISTO PARA UMA NOVA VIDA


 
Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis(2 Pedro 1:10).
Pr  Fabio Rocha
          
Nós somos escolhidos em Cristo para sermos santos e irrepreensíveis. A natureza da escolha divina é para sermos totalmente separados para o seu inteiro agrado. É através de um procedimento santo que confirmamos nossa vocação celestial. Pedro diz que devemos procurar com diligência cada vez maior confirmar a nossa vocação e eleição (2 Pe 1:10).Todo cristão deve assumir esse compromisso diário de viver como eleito de Deus. Esse processo de confirmação se dá sempre de forma negativa e positiva. Negativa porque sobre nós pesa a implicação de fazer morrer, despojar-nos dos velhos trajes, tirar as roupas do velho homem que é uma vida totalmente escravizada pelo pecado. Esse lado negativo é a morte obrigatória do pecado na vida prática, esse é o imperativo da vida cristã. Porém, não somos chamados para ficar na neutralidade, estagnação ou nudez, mas, tendo em vista que tiramos as vestes velhas, também abandonamos os velhos hábitos e práticas e sepultamos nosso velho homem. A vida cristã não somente tem a implicação de morte, mas também possui o chamado à vida.
          A conversão traduz morte em vida. A nova vida descreve justamente o aspecto positivo desse processo contínuo que é vestir-se, colocar novas roupas. Devemos nos revestir do novo homem, que segundo o apostolo Paulo é criado em Cristo Jesus em retidão e justiça. Esses dois aspectos santificadores das nossas vidas foram claramente apresentados por Jesus quando Ele descreveu que a única maneira de viver para Deus seria negando-nos, tomando nossa cruz e seguindo-o (Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me -Mc.8:34). A grande verdade é que esse processo não se dá de forma fácil como se parece. Embora seja representado de forma figurada em algumas porções da Escritura, como despojamento e revestimento , ele se dá através de um vida diária de negação. Negar a si mesmo envolve a mortificação diária de tudo aquilo que rompe nossa comunhão com Deus , tudo aquilo que é pecaminoso e isso é feito tomando a cruz. Identificando-se diariamente com Cristo. A cruz é justamente a representação diária de que nela os meus pecados foram castigados em Jesus. Nela o meu Senhor morreu como maldito de Deus por causa das minhas transgressões e não devo mais viver uma vida pautado pelo pecado. Eu estou agora crucificado com Cristo e segundo Paulo não devemos viver mais mas Cristo deve viver em nós.
          Tudo isso resulta em uma vida de obediência. Devemos seguir a Cristo. Palmilhar os mesmos caminhos que Ela andou. Ele viveu como homem em total obediência a Deus , sua retidão foi até a morte. Nossa união com o redentor deve-se evidenciar através de obediência aos seus mandamentos. Através de uma obediência diária a Cristo demonstramos que o amamos, que estamos seguindo-o e que estamos nele. Quem está em Cristo é nova Criatura. (2 Co 5:17). As coisas velhas estão no passado. O presente deve ser caracterizado pelos hábitos , comportamento e virtudes da nova vida do novo ho-mem.
Fabiano Rocha  é pastor da Igreja Batista Reformada de Taguatinga

sábado, 23 de junho de 2012

O DIA EM QUE A INCREDULIDADE JULGOU A VERDADE


Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade. 2 Coríntios 13:8

Petrolina/Juazeiro ao entardecer
Edson azevedo
Houve um dia na história, uma sexta-feira, em que Jesus esteve diante do sinédrio de Israel, logo cedo da manhã, para ser julgado. Estava maniatado como se fosse um elemento periculoso e ameaçador. Sentou-se no banco dos réus e nenhum advogado de defesa se apresentou para ajudá-lo, reivindicando seus direitos. Os membros do sinédrio eram em número de setenta homens, todos especialistas no entendimento e manuseio da lei e dos livros proféticos, sendo constituído de sacerdotes, sumos sacerdotes, escribas e fariseus. O juiz do tribunal e todos os demais membros rapidamente se transformaram em promotores, passando a acusar o réu de modo impetuoso e opressor. Estavam todos em desespero, porque tentaram conseguir testemunhas falsas, porém nenhuma convincente o suficiente para conseguir o aval do governo romano. Este era o único que detinha a autoridade para executar a pena capital e, por isso, o sinédrio temia que a "presa" escapasse de suas mãos, logo agora que seus membros conseguiram lançar mão dela.
Questionaram, então, Jesus, induzindo-o a produzir uma prova contra si mesmo, a fim de que tivessem com que acusá-lo de morte. Porém, nem naquela condição de aparente humildade e fragilidade a incredulidade prevaleceu. Antes, cumpriu rigorosamente todo o planejamento do Pai eterno, que designou seu Filho amado para tomar sobre si a penalidade da culpa dos pecadores, morrendo na cruz. A incredulidade e a ignorância, filhas da soberba e da ambição, cegaram os olhos dos entendidos da lei de Moisés e dos escritos dos profetas, de modo que enfrentaram a Verdade em pessoa e ainda se julgaram vencedores sobre ela. Mas não sabiam eles que a Verdade é absoluta e nunca perde para ninguém, muito menos para a incredulidade. A Verdade triunfou e Deus a honrou, na cruz, mediante a qual produziu vida, a nossa vida, vida que nasce da morte.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

VIAGEM MISSIONÁRIA A IPUPIARA


Tendo recebido convite para pregar no aniversário da igreja Batista em Ipupiara [BA], saímos de Caruaru – eu e Osvaldo Pinheiro – às 5h30 da quinta-feira, 14/06/2012, e chegamos a Morro do Chapéu, na Bahia, às 18h30 do mesmo dia, depois de termos percorrido 1.000 km. Hospedamo-nos do Hotel Gruta da Pedra, onde pernoitamos. Esta cidade fica na parte anteriorocidental – da chapada Diamantina, a mais de 1.000 m de altitude, sendo muito fria [nesta quinta-feira à noite estava 15ºC, mas na manhã da sexta-feira estava 10ºC.

Acordamos cedo na sexta, tomamos café e rumamos para Xique-Xique, distante 200 km, aonde iríamos nos encontrar com o pastor Paulo Eufrasino, da primeira Igreja Batista naquela cidade, encontro que se deu às 10h00. Fomos recebidos com muita alegria por ele, que nos mostrou a evolução das instalações da nova Casa de Oração da igreja, os projetos, o modo como Deus tem conduzido a obra e depois nos levou à sua casa, onde guardamos o carro, depois de transferir as nossas bagagens, e logo em seguida iniciamos a última etapa da viagem: mais 150 km até Ipupiara, a maior parte do trajeto em estrada não asfaltada. No meio do caminho, passamos na cidade de Gentio do Ouro, uma cidade grandemente cuidada, com os prédios públicos bem cuidados, com uma praça encantadora em frente à prefeitura, que por sinal é o cartão postal da cidade, e ainda encontramos alguns irmãos da igreja batista, todos muitos conhecidos do pastor Paulo, e amantes da reformada, tendo sido edificados recentemente pelo pastor Josafá Vasconcelos – o enviado por excelência a anunciar a dos apóstolos por esse Brasil [praticamente todas as igrejas brasileiras que ouviram sobre a fé reformada, necessariamente conhecem esse servo de Deus] – fato esse lembrado com muita saudade pelos irmãos que encontramos.
Igreja Batista em Ipupiara

Depois de três horas e meia de viagem, chegamos finalmente à bela Ipupiara, uma cidade com cerca de 9.000 habitantes, plantada no sertão baiano, cujo nome significa deusa das águas, tendo surgido por causa da descoberta de jazidas de minerais preciosos em seu subsolo, como ouro e cristais de rocha. Dirigimo-nos à casa pastoral, onde fomos recebidos pela família do pastor Clóvis Nogueira [Eliene, esposa e os filhos: Alber, Lincoln e Kleber, filhos], sendo confortavelmente acomodados. Almoçamos a deliciosa galinha caipira da Bahia [muito famosa], conversamos um pouco e fomos descansar, pois à noite iniciaríamos a série de pregações.
O ambiente da igreja estava lotado, e depois de uma breve devocional a palavra me foi entregue, oportunidade em que preguei sobre a importância do culto a Deus, da vida como forma de culto e muito mais da responsabilidade do culto público. O povo ouviu atentamente a pregação, com grande reverência e temor, e à saída, quando fomos nos despedir à porta, ouvimos os irmãos dizerem do tanto que a Palavra de Deus os edificou.

Pr Clóvis Nogueira e Pr Edson Rosendo
Passamos o sábado entre conhecer a cidade, conversar, estudar e descansar, para enfrentar novo desafio à noite, quando encontramos o ambiente do culto mais repleto ainda do que na noite passada, com a visita de irmãos das congregações, que se deslocaram para participar do aniversário da igreja [74 anos], momento em que pregamos sobre o Salmo 50, mostrando que Deus julga o culto dos adoradores, trazendo muita edificação e confronto a todos os adoradores presentes. Na saída, à porta, como no dia anterior, pudemos cumprimentar todos os irmãos e ouvir da alegria em torno da Palavra de Deus. Depois de cada reunião ficávamos ainda conversando com um e com outro irmão, a fim de esclarecer pontos da pregação, tirar dúvidas, dar orientações em casos de consciência e ainda posar para verdadeiras sessões de fotos, pois o povo é acostumado a perpetuar momentos de alegria, quando da visita dos pregadores.

Membros da Igreja Batista de Ipupiara
No domingo pela manhã a igreja estava lotada, e os irmãos tem um louvável costume: entram no ambiente do culto e procuram ocupar os primeiros lugares, os lugares da frente, de tal maneira que os assentos são preenchidos da frente para trás, numa disciplina e valorização impressionantes do culto [penso que não existe aquele típico apelo do pastor, tão conhecido: “peço aos irmãos que venham mais para a frente, a fim de ocupar os primeiros lugares, deixando os últimos para os retardatários”]. Nesta oportunidade pregamos sobre a nudez como causa da multiplicação das perversidades na área sexual na sociedade atual, aspecto que tem influenciado fortemente a igreja do Senhor, conduzindo os membros a adotarem os mesmos pressupostos e práticas do mundo com relação a essas coisas. Mostramos que logo depois da queda, ao perceberem que estavam nus e terem feito cintas para si, a partir de folhas de figueiras cozidas, Deus não aprovou tais cintas e fez vestimentas de peles de animais e os cobriu. Mostramos, então, a polarização entre as cintas de Adão e Eva e as vestimentas feitas por Deus ao longo da história da humanidade. Terminada a reunião, muitas pessoas nos procuraram para  uma complementação das informações em torno do assunto, dizendo-se confrontadas com a escritura, reconhecendo-se em falta e demonstrando a disposição de mudar imediatamente.

Membros da Igreja Batista de Ipupiara (Chiquita)
Na parte da tarde do domingo, fomos à localidade denominada Chiquita, onde pudemos visitar algumas famílias, membros da igreja, que frequentam a congregação do lugar. Também pudemos visitar o túmulo do irmão Genésio que, à semelhança do endemoninhado gadareno, passou 56 anos da sua vida com os pés presos a troncos enormes de madeira, atados e grilhões, tal era a sua loucura e a sua descomunal força, sendo inclusive capaz de arrastar o tronco de uma árvore grande. Genésio ouviu a vitrola de uma missionária tocando alguns hinos do Cantor Cristão e aquilo fez sentido para ele. Noutra oportunidade, o pastor Clóvis começou a pregar a Palavra a ele, nas visitas que fazia ao lugarejo, e, com o tempo, Deus chamou aquele homem pra a luz, libertando-o da loucura, cumprindo o “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, numa ação extraordinária e impactante sobre todos. Genésio foi morar na cidade e depois de alguns anos faleceu, após algumas semanas numa cama, em virtude de uma queda sofrida. Na sua lápide estava o registro das datas de nascimento e morte, bem como a indicação do hino 188 do CC [As novas do evangelho] e ainda o texto de Isaías 35.8, que afirma que nem os loucos errarão o caminho. Essa foi uma visita revestida de muito sentimento.

Pr Clóvis Nogueira
À noite encerramos a série de pregações com a exposição do Salmo 32, ensinando a igreja como tratar adequadamente o pecado. Não havia um lugar disponível na nave da Casa de Oração, inclusive um salão atrás, onde foi colocado um telão que retransmitia o culto, a lotação também estava esgotada. Terminada a reunião, seguiu-se o momento das despedidas, com muitas fotos tiradas e com o povo manifestando gratidão e saudade, o que também sentimos fortemente. Depois de muitas conversas na casa do pastor, fomos nos recolher, para acordar cedinho e começar a viagem de retorno.

Na segunda-feira logo cedo, depois do café, iniciamos a nossa viagem de volta, quando o pastor Clóvis, Edvaldo e Marinaldo nos levaram em Xique-Xique, passando por Gentio do Ouro onde apanhamos o seminarista Mauro, que havia ido pregar na igreja daquela cidade, retornando à sua cidade conosco [até certa altura do caminho]. Uma vez em Xique-Xique, despedimo-nos dos irmãos que ali estavam, o pastor Paulo e mais alguns irmãos da igreja, e partimos rumo a Petrolina, passando por Irecê, indo almoçar com um casal amigo [Saulo e Aline], amigos presbiterianos de alguns anos, seguindo depois para Petrolina, onde chegamos às 22h00. Cerca de cem quilômetros antes, porém, aportamos em Campo Formoso onde visitamos um casal de presbiterianos, amigos nossos de longa data e que muito bem nos receberam com uma refeição revestida de grande estima e carinho.

Membros da Igreja Batista Reformada -Petrolina
Em Petrolina, estivemos na residência do diácono Aldo e família, onde pudemos ainda tomar um lanche, orar e partilhar das questões da Congregação e dos seus desafios. Nesta oportunidade também estava presente o pastor Valdir Penaforte, que ficou conosco durante toda a visita. Perto da meia noite fomos dormir no hotel Carranca, acordando cedo e iniciando a viagem da última etapa, o que nos permitiu chegar a Caruaru às 16h00 na terça-feira 19/06/2012. Em todas as etapas Deus nos abençoou grandemente.

Igreja Batista de Ipupiara
A igreja em Ipupiara pertence à CBB, mas é vibrante, amante da Escritura, com os seus membros levando a Palavra de Deus muito a sério. Pudemos enxergar a avidez e o afã em torno das pregações, e também a vida de santidade vivida pelos irmãos. As doutrinas da graça são amadas; O decreto e a providência de Deus são cridos. Os líderes dão grande apoio ao ministério pastoral e a igreja vibra com as suas Congregações, porque ensejam o ingresso de muitas pessoas na .

Pr Clóvis Nogueira
O pastor Clóvis está à frente da igrejacerca de 20 anos e é profundamente amado pelas suas ovelhas, além de grande estudioso e doutrinador da igreja. Ele tomou conhecimento da reformada através da revista para Hoje, da editora FIEL, sendo depois esclarecido pela intermediação do pastor Paulo Eufrasino, da igreja batista em Xique-Xique, exatamente como fizeram Áquila e Priscila com Apolo. A sua família é disciplinada e harmônica, uma típica família puritana, onde a esposa é dedicada aos filhos, ao lar, ao marido, e os filhos vivem em sujeição, como ao Senhor. A irmã Eliene se desdobrou em cuidados para conosco, nada nos deixando faltar e ainda preparando lautas refeições, procurando servir da melhor maneira, os hóspedes. Observamos ainda que a doutrina dos apóstolos é entendida de modo singular por todos os irmãos, [com exceção de bem poucos], os quais vibram com a pregação reformada. A ocorrência de irmãos ao culto é enorme, e a igreja canta com muita vibração, sendo conhecida e respeitada em toda a cidade. Conhecemos muitos irmãos, os quais nos adicionaram nas redes sociais, e esperamos manter comunhão com todos esses amados, a fim de que mais vezes possamos comungar da mesma , que de uma vez por todas foi entregue aos santos.

Pastor Edson Rosendo de Azevedo
Caruaru [PE], 21 de junho de 2012.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A CONVERSÃO VERDADEIRA E SEUS SINAIS


E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração (Efésios 4:17-18)


Pr. Fabiano Rocha

Conversão é a atuação soberana de Deus sobre a vida do homem, que altera completamente a condição espiritual dele. Essa verdade está exarada na Escritura de forma incontestável. A Bíblia não somente ensina que os homens estão mortos e destituídos da glória de Deus, mas também que eles só se voltam para o seu criador de forma espiritual e verdadeira quando são por Ele chamados eficazmente. Caso contrário, eles andarão em caminhos opostos à vontade de Deus. O voltar dos incrédulos é resultado de uma operação divina sobre eles, pois eles, por sua própria natureza, não podem desfrutar dessa santa disposição em buscar o bem, visto estarem completamente indispostos espiritualmente para isso. A conversão é uma ressurreição dentre os mortos, é o abrir de olhos cegos, é a doação de uma nova compreensão e é uma mudança operada por Deus em todas as áreas da vida do homem. Sem essa atuação divina, os homens jamais se converteriam verdadeiramente nem se achegariam a Deus em arrependimento e fé.
Sendo assim, a verdadeira conversão traz evidências que a distingue de um falso retorno para Deus. Não é uma mudança qualquer, mas um retorno das trevas, da idolatria, do pecado e do domínio do príncipe deste mundo. A conversão é o inicio do processo, que inclui não só o despojamento do velho homem como também o revestimento do novo homem. É sair da direção contrária e andar na direção certa. É muito mais do que simples sinais externos de tristeza ou de reformas de hábitos. Ela nasce da profunda tristeza que Deus opera para o arrependimento de pecados e que nos leva para uma vida de devoção a Ele. É mudança de pensamentos, palavras, ações, desejos e escolhas e produz profunda consciência de que o caminho anterior era errado. Em resumo, a verdadeira conversão é uma alteração radical e total no curso da vida humana. Paulo mostra isso em Ef 4:1,17: as características do velho homem, com seus comportamentos típicos de uma vida alheia a Deus é coisa do passado. A realidade presente, após o chamado eficaz do Senhor, é andar conforme a vocação para a qual fomos chamados, em Cristo. Andar em novidade de vida, rumo a um processo crescente de santidade.
Essa é a razão pela qual a conversão verdadeira traz evidências e pode ser percebida em nossa vida diária, através de um exercício diário de fé e arrependimento de pecados. De mortificação da carne. De santificação verdadeira. Demonstramos isso por uma identificação com Cristo. A Escritura registra Paulo citando essa grande verdade na epístola aos gálatas: “estou crucificado com Cristo, logo já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:19). O convertido por Deus desfruta aqui e agora da vida ressurreta do Senhor. Os cristãos possuem dentro de si a vida da ressurreição. Esse exercício de fé é uma identificação total com Cristo, em sua morte e em sua vida. O crente verdadeiro se identifica com o Senhor em todos os aspectos: morte, sepultamento e ressurreição para a vida com Deus.
Fabiano Rocha é pastor da Igreja Batista Reformada de Taguatinga

domingo, 17 de junho de 2012

COMO CULTUAR A DEUS


 Pr. Edson Azevedo
uma pequena Igreja em Angola

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem(João 4.23)

O culto é a razão principal da vida de um homem. Ele foi criado por Deus para adorá-lo. Esse foi o fim principal para que o homem foi feito. Jesus afirmou queDeus procura adoradores que sejam nascidos de novo para adorá-lo e que o adorem segundo a verdade prescrita nas páginas da revelação. Deus é quem dá as cartas de como deve ser a adoração, e não o adorador. Os nascidos de novo precisam estar em ordem sempre, pois a adoração é espiritual, o culto é espiritual.

Onde o crente estiver, está em culto. A consciência da onisciência de Deus deve conduzir o cristão a esse estilo de vida em que todas as coisas funcionam como culto. E muito mais no culto publico, quando todos se juntam para a adoração. Esse deve ser o momento quando todos estão em ordem, vivendo em ordem, de tal maneira que o culto público seja o resultado de uma vida vivida de modo correto. Nas basta ser nascido de novo, mas é necessário estar vivendo em ordem, na prática da vida cristã, em obediência à lei, aos mandamentos do Senhor. Além disso, além dessa ordem interior e externa, é preciso que a liturgia da adoração seja uma liturgia ordenada na Escritura, onde tudo quanto aconteça siga rigorosamente o preceito bíblico, sadio, consagradamente discutido e aceito por todos quantos vivem piedosamente, sem interpretações particulares, sem invenções, sem fantasias, sem enfeites, mas com simplicidade, como todas as coisas devidas a Cristo.

O culto não visa agradar o adorador, mas o Adorado. O culto é vertical ascendente, quando os adoradores se dirigem a Deus para entoar os salmos, as orações e as oferendas, e vertical descendente quando Deus se levanta e fala aos adoradores, mediante a pregação. O culto, embora dirigido a Deus e com o intuito de agradá-lo, fortalece e alegra seu povo, energiza, dá disposição, santidade, fidelidade, prazer.
O cristão é aquele que vive em culto e que anseia pelo culto público, quando Deus recebe toda a glória de modo intenso e público, num testemunho eficaz e abrangente. Essa é a maneira correta de cultuar a Deus, o Deus vivo e verdadeiro.

Edson Azevedo é pastor da 1ª Igreja Batista Reformada de Caruaru

sábado, 9 de junho de 2012

EM CRISTO, SOMOS LIVRES



“Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão” (Gálatas 5:1). 
Pr. Fabiano Rocha
Em Cristo somos livres de toda escravidão. Somos chamados a desfrutar da liberdade conquistada por Cristo. Como diz a Escritura: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou”. Paulo dá grande ênfase à verdade de que Cristo liberta os crentes aqui e agora e os traz à verdadeira liberdade. Esse tema fez o apóstolo escrever uma carta à igreja dos Gálatas, em tom de grande advertência, pois os irmãos estavam desprezando essa condição e se prendendo novamente ao jugo de escravidão e libertinagem desenfreada. Alguns entre os gálatas estavam abraçando a proposta judaica e outros se entregando aos ditames de uma vida na carne. A condição conquistada por Jesus Cristo é integral, completa. Somos livres pela graça de Deus da escravidão do pecado, o senhor tirano cujo salário é a morte. Somos livres também: da lei (como sistema de salvação, que sempre apontava o pecado e revelava nossa incapacidade em vivê-la de forma perfeita); do poder das trevas, das superstições religiosas e de todo peso e carga impostos pelo tradicionalismo religioso. Essa total liberdade, em todos os seus aspectos é dom de Cristo, que a comprou mediante sua morte na cruz.

Porém, assim como a suficiência do sacrifício de Cristo é atacado pelas mentiras, a liberdade cristã também sofre ataques. Várias sugestões e erros humanos têm colocado em xeque a liberdade e o dom de Cristo ao seu povo. Ou querem transformá-la em libertinagem, fazendo uso dela para dar ocasião à carne, ou acrescentam uma série de regras e mandamentos de homens, tais como: não beberás isso, não vestiras aquilo, não comerás carne, etc. Essa lista é maior ou menor, dependendo das opiniões dos homens e conforme as tradições recebidas. A liberdade Cristã não é nem o aval à licenciosidade nem a eliminação da responsabilidade cristã. A liberdade é ser livre para fazer a vontade de Deus. A nossa condição atual, em Cristo, não significa uma vida sem regras e padrões morais, uma vez que não estamos sem lei para com Deus (1Co 9:21 ). A lei divina conforme foi interpretada e exemplificada por Cristo permanece como a vontade moral de Deus expressa para o seu povo e é por isso que liberdade é necessariamente ser livre para amar e servir a Deus.


Portanto, a nossa tarefa agora é, primeiramente, lutar contra todo e qualquer sistema legalista ou tradicionalismo humano ou religioso que queira tirar o valor de Cristo como centro, dizendo que a fé nele é insuficiente para a salvação ou acrescentando regras e mais regras que nos fazem escravos novamente. Mentiras que nos fazem trocar o fardo de Cristo pelo fardo dos homens. Devemos de igual modo aproveitar da melhor maneira possível essa liberdade, sem jamais nos entregarmos à libertinagem e sim com uma fé que atua pelo amor, para que nos submetamos à vontade de Deus. 
Fabiano Rocha é pastor da Primeira Igreja Batista Reformada de Taguatinga

ESCARNECENDO DE DEUS



Pastor Edson Rosendo
O escárnio é a prática que avilta o escarnecido, subtraindo-o de qualquer valor, de qualquer senso ou classificação. Os homens costumam escarnecer uns dos outros, diminuindo seu semelhante, tirando-lhe a reputação, a honra, a história, o histórico, desfazendo seus atos, seu caráter, sua pessoa, seus bens, suas posses, sua família, seu trabalho. O escárnio e a zombaria são práticas capazes de arrasar pessoas e deixá-las indefinidamente na lama, desencorajadas que ficam diante daquilo que delas se disse e fez. Mas não somente os homens são objetos de desprezo e escárnio. Deus também é objeto de escárnio e zombaria por parte dos homens. Quando esteve entre nós, Deus foi vituperado, humilhado, vilipendiado, ultrajado, cuspido, surrado, desafiado. Deus não foi poupado. É evidente que o louvor nada acrescenta a Deus, nem também a zombaria tira do seu caráter e da sua Pes-soa qualquer coisa. Mas, igualmente é evidente que o escárnio contra Deus é uma transgressão contra o terceiro mandamento – "Não tomarás o nome de Deus em vão" – como também é uma afronta a um Deus tão santo e tão misericordioso como o nosso Deus. Ora, por quais motivos alguém poderia zombar e escarnecer de Deus, se Deus é o soberano absoluto e perfeito do céu e da terra? Como alguém poderia zombar e escarnecer de Deus, logo dele, que tem domínio sobre o mar, sobre as águas, sobre os alimentos, sobre as doenças e enfermidades, sobre tudo, na verdade? Os homens que zombam de Deus são soberbos e orgulhosos, nada dispondo para Deus ou para seus profetas, vivendo de modo dissoluto, ensimesmado, egoísta, transgressor e improdutivo, e de nenhum modo são exemplos para quem quer que seja, mas vivem fada-dos ao fracasso e à ilusão permanentes. Ora, alguém nunca poderá zombar ou escarnecer de Deus. Como poderia a criatura zombar de seu Criador? Com que argumentos a criatura poderia desdizer o seu Senhor, aquele que é governador de todas as coisas? Por isso, nunca o homem se coloca em estágio mais humilhante e estúpido do que quando se presta a zombar ou des-prezar a Deus, o Senhor, aquele que habita em luz inacessível, o Deus santo e gracioso, perfeito e Senhor de todas as coisas.
Edson Rosendo é pastor da Primeira Igreja Batista Reformada de Caruaru

domingo, 3 de junho de 2012

EM CRISTO, AS SOMBRAS TORNAM-SE REALIDADES



Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional(Romanos 12:1). 

Fabiano Rocha
Cristo é o cumprimento de todos os tipos do Velho Testamento. Tudo aquilo que era sombra da perfeita realidade se cumpre nele. Como a revelação de Deus é progressiva, a realidade dos bens futuros estava também progressivamente revelada por Deus. O Senhor Jesus era revelado através de tipos e sacrifícios. Mas isso era apenas uma realidade pálida da vida da nova aliança. A plenitude do Espírito Santo e a dimensão do culto espiritual estavam sendo gradualmente mostrados. As questões que envolviam o culto do Velho Testamento, carregados de formalidades, sacrifícios específicos, arquitetura dividida entre o lugar santo e o santos dos santos, a arca que representava a presença de Deus entre o povo, o maná que caiu do céu, bem como as exigências da lei, as implicações do quarto mandamento e os ofícios da monarquia judaica, tudo isso eram como setas que apontavam para Cristo. Eram sombras de uma realidade perfeita que ainda viria. Isso é tão real que Cristo tornou-se a porta de entrada para uma correta interpretação da Antiga Aliança. Jesus deixa isso claro quando, em direção a Emaús, se coloca entre os discípulos e expõe tudo o que acerca dele estava escrito no Velho Testamento: na lei, nos salmos e nos profetas. Cristo fez uma perfeita exegese dos textos bíblicos, mostrando suas aplicações nele. O evangelho de Lucas narra que Cristo, estando na sinagoga, levantou-se para ler e deram a ele o livro do profeta Isaías. Ele leu Is 61:1-2 e concluiu dizendo que nele se cumpria toda a Escritura que o povo acabara de ouvir. Isso não quer dizer que as ordenanças da antiga aliança não tinham valor. Tudo o que Deus prescreveu e ordenou a Israel, o fez como sendo parte de sua revelação, portanto tinha sua importância, mas não representava a totalidade da revelação, apenas parte. Eram verdades que apontavam para o Senhor Jesus Cristo. Todas elas tiveram seu valor e funções para a época e contexto adequado. Porém, vindo a plenitude da luz, se alguém ficar preso às sombras torna-se é um verdadeiro contrassenso.
Em Cristo tudo foi plenamente cumprido e realizado. Já não restam mais sacrifícios a serem feitos. Ele é a soma total de todas as bênçãos espirituais prometidas. Jamais outro pode ou poderá assumir seu lugar. A satisfação prestada à justiça de Deus é providenciada no seu sacrifício. O culto agora não é mais num lugar especifico, mas em espírito e em verdade. A adoração a Deus não está circunscrita a uma localidade, através de uma tribo, de homens específicos ou cerimônias. Agora sua morte foi nossa morte, da mesma forma sua vida é a nossa vida. E tendo vida juntamente com Cristo , temos total condição de adorar a Deus de forma espiritual e verdadeira. Nós devemos nos apresentar diante de Deus como o sacrifício vivo, santo e agradável, sendo esse o nosso culto racional (Rm12:1). Cristo é o inicio, o meio e o fim da revelação. Aquilo que era apenas sombra, nele tornou-se realidade plena.
Fabiano Rocha é pastor da Primeira Igreja Batista Reformada de Taguatinga