MEDITANDO NO TRABALHO MISSIONARIO

Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Isaías 6:8

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

RELATÓRIO DA VIAGEM A BRASÍLIA

*Dc José Wellington da Silva

A todos os amados de Deus, chamados para serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

Amados irmão, O Senhor nos proporcionou dias de jubilo com todos os irmãos que se reuniram em Brasília. Fomos agraciados por Deus a todo o momento, desde a saída até a volta.

Nossa jornada a Brasília começou quinta-feira, dia 11/11/2010 quando me dirigi a Petrolina, onde fiquei com os irmãos até a sexta-feira dia do voou para Brasília fazendo conexão em Recife. Cheguei a Brasília por volta de 22h e 30m; fui recebido pelo Pr. Jorge, o diácono André e Ricardinho (um irmão da igreja em Brasília); Fui bem recebido pela Igreja Batista Reformada em Taguatinga; Uma igreja de Deus onde a fé tem sido visível na vida dos irmãos. A hospitalidade com que nos receberam, a comunhão vivida, o amor demonstrado certamente foi como aroma suave e agradável diante de Deus. Tivemos o privilegio de conhecermos uma igreja edificada há tão pouco tempo, mas que muito tem sido agraciada por Deus. Conhecemos o Pr. Fabiano, o qual dirige aquela igreja; os demais irmãos estão voltados para a obra do Senhor naquela cidade. Praticamente todos os varões auxiliam o Pr. Fabiano nos trabalhos da igreja, em especial os irmãos Davi (o guerreiro) e Ricardinho, os quais dividem com o Pr. Fabiano as tarefas do ensino. Fomos agraciados com uma genuína palavra de Deus, onde homens de Deus falaram da parte de Deus. O tema da conferência foi sobre a Subordinação e Autoridade a Luz da Palavra de Deus, um assunto muitíssimo importante para a nossa vida na igreja, família, sociedade, etc. O tema foi bem abordado pelos pastores: Edson Rosendo e Santana Dória, e tivemos uma clareza do que significa Autoridade e Subordinação, e nos apercebemos o quanto estamos distantes dessas verdades; No entanto, fomos todos bem alimentados e encorajados a vivermos de fato e de verdade, essas verdades preciosas onde quer que estejamos mais principalmente na igreja. A conferência foi realizada na igreja mesmo. A nossa estadia foi em um apartamento com uma vista maravilhosa (um cemitério). Ficaram no apartamento Pr. Edson, Pr. Jorge (esse ficou doente e quase sem voz), o Pr. Coelho (de Belém do Pará) e Ademir seu cunhado, o Diácono André (de Manaus) e Eu; O Pr. Dória ficou com a família do irmão Luiz (um exemplo de família). Na segunda-feira tivemos a última palestra em uma chácara, onde foi confirmado um acréscimo de três membros na igreja (sendo um deles de Manaus); À tarde fui a Goiânia com o Pr. Edson, o diácono André, o irmão Joel com seu primo e sobrinho, conheci o pastor do Pr. Edson, Renato e sua esposa e filha, foi um momento de alegria. Voltamos a Brasília a noite, chegando ao aeroporto 22h e 30m ao limite para o voou do diácono André 23h.
Deixamos os irmãos com a mais pura verdade que poderíamos ter, sabendo e vendo o que Deus têm feito na vida daquela igreja. Voltei para casa na terça-feira, saindo de Brasília ás 10h e fazendo conexão em Recife, chegando a Petrolina às 14h. Saí de Petrolina ás 20h em uma besta (carro), visto que o ônibus estava lotado; cheguei em casa na quarta-feira as 01h e 30m, foi um dia cansativo mas animador, desejando que todos os dias sejam cansativos como esses, resultante de uma maravilhosa graça recebida.
Que Deus abençoe a todos os irmãos.

*O Dc José Wellington da Silva é diácono da Igreja Batista Emanuel Reformada de Petrolândia

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Igreja de Petrolandia

VIAGEM MISSIONÁRIA A PETROLANDIA - Relato do Dc. Rogério Brilhante

No dia 16/10/2010, às 15h.40min., aproximadamente, nos dirigimos, juntamente com a família e uma sobrinha que nos visitava, à cidade de Petrolândia para passarmos mais um final de semana com os irmãos da Igreja Batista Emanuel Reformada de Petrolândia. Antes, paramos em Itaparica, bairro de Jatobá, para conversarmos com o irmão Cícero Rodrigues (Cicinho), mas não o encontramos. Seguimos imediatamente para Petrolândia, chegando debaixo da proteção divina um pouco depois das 17h. Já no comércio encontramos o diácono Aldo Vasconcelos e seguimos com ele até à igreja onde já nos aguardava o diácono Wellington Silva e o Pr. Valdir Penaforte para tratarmos de assuntos relativos à igreja local (o diácono Aldo e o Pr. Valdir também tinha chegado há pouco de Petrolina, de onde saíram por volta das 12h.). Retornamos ao comércio para comprar víveres e fomos preparar um rápido lanche no restaurante da igreja. Já saciados, iniciamos nossa reunião rogando a orientação de Deus para as questões a serem tratadas, que versavam principalmente sobre a liderança da igreja – esforços redobrados tem sido envidados nesses últimos meses para o fortalecimento da liderança dessa igreja. Consideramos a respeito da última reunião realizada e da necessidade de aparar algumas arestas. Nesse ínterim, foi acordado a necessidade de recomendar à igreja, no domingo, dia seguinte, a oficialização do diácono Wellington como dirigente da igreja, uma vez que o mesmo vem realizando esse trabalho dedicada e voluntariamente, desde a saída do Pr. Jorge Vicente de Azevedo, dividindo seu tempo entre suas atividades profissionais, sua família e a igreja (no ensino, acompanhamento dos membros e ministração da palavra). Foi definido também que havia a necessidade de reunir novamente os demais líderes para o compartilhamento do entendimento retirado dessa reunião, para que todos comunguem dos mesmos propósitos. Saímos já em avançada hora, mas alegres pelo que Deus nos permitiu. Pegamos nossa família que estava na casa de parentes e retornamos à igreja, onde costumeiramente nos hospedamos. Na manhã do Dia do Senhor, dirigimos a Escola Bíblica Dominical e, após o momento devocional, alertamos mais uma vez a igreja da importância, principalmente nesses tempos, de votarmos como orienta a Palavra de Deus; dos projetos de lei que tramitam no Legislativo que atentam contra os princípios bíblicos. O estudo da EBD foi trazido pelo Pr, Valdir Penaforte que abordou o tema: Davi, um homem segundo o coração de Deus; que mostrou porque o rei Davi recebeu esse título, mesmo tendo cometido pecados como adultério e assassinato. Davi nos é um exemplo de fé, amor a Deus, humildade e respeito às autoridades, daí ter sido o escolhido para suceder Saul. Terminado o estudo, o Pr. Valdir expôs à igreja o entendimento do conselho eclesiástico em recomendar à igreja o diácono Wellington como dirigente, para que os irmãos o apóiem e reconheçam aquilo que Deus fez e tem feito na igreja; da forma como Ele colocou um simples gari, traçando resumidamente a trajetória do diácono Wellington na igreja, à frente do rebanho, após ter levado o diácono Aldo, Rogério e o Pr. Jorge para outros municípios; mostrou que temos que investir nos próprios irmãos da igreja, pois não temos mestres que gozem da mesma ortopraxia. Demos ainda uma palavra endossando as exortações do Pr. Valdir, mostrando que, mesmo com a saída do Pr. Jorge, nossa igreja não sofreu abalos, manteve sua programação e, pela graça de Deus, ainda tivemos irmãos que retornaram ao aprisco. Com uma oração, encerramos esse momento, e logo nos encaminhamos ao restaurante para desfrutarmos do tradicional almoço de confraternização. Estava também conosco desde a EBD um jovem casal, amigo da família, que fora convidado. Passamos um bom tempo conversando, nos congratulando e apreciando os pratos típicos. Todos despedidos, descansamos o restante da tarde. O Culto Solene foi presidido pelo diácono Aldo Vasconcelos e a pregação da Palavra trazida pelo Pr. Valdir Penaforte que continuou a temática: Davi, um homem segundo o coração de Deus, falando fortemente ao nosso coração. (talvez seja bom acrescentar mais detalhes sobre o sermão). Foi celebrada a Ceia do Senhor e encerrado o culto com a bênção apostólica e um cântico de louvor ao Senhor. Nos dirigimos à área ao lado do templo para momentos de confraternização e um pequeno lanche. Conforme tínhamos acertado, chamamos os irmãos que compõem a liderança (Comissão de Patrimônio) para uma reunião, a fim de conversarmos sobre a relação que deve haver entre a liderança, sobretudo no entendimento do quinto mandamento, assim como o apoio que deve ser dado ao diácono Wellington. Participaram dessa reunião os diáconos Rogério Brilhante e Aldo Vasconcelos, Pr. Valdir Penaforte e os irmãos Sandro Ramos, Wilson Vital e Sérgio Ramos. A reunião foi encerrada num espírito de entendimento sobre os assuntos abordados. Já em avançada hora, despedimo-nos dos irmãos e irmãs que ainda se encontravam na igreja e deixamos o Pr. Valdir e o diácono Aldo na casa do diácono Wellington e retornamos à igreja para um rápido lanche antes de dormir. Logo cedo acordamos, antes das 5 horas, e, após abastecermos o veículo, rumamos de volta a Delmiro Gouveia, devido aos compromissos escolares das crianças e o trabalho que nos esperava. Chegamos bem e, uma vez mais, agradecidos a Deus pelo final de semana de crescimento espiritual e comunhão fraterna.

Delmiro Gouveia-AL, 19 de agosto de 2010.
Rogério Brilhante Gonçalves

domingo, 12 de setembro de 2010

VIAGEM A PETROLÂNDIA


O que se segue é o relato do Pr. Edson Rosendo em sua vigem missionária a Petrolandia.

"Tendo sido convidado para estar com os irmãos e pregar, saímos de Caruaru (Eu e o diácono José Antônio) às 11h00 da sexta-feira 3/9/2010 e chegamos a Petrolândia no final da tarde. Fomos recepcionados pelo irmão Sandro Araújo, que nos instalou condignamente numa pousada da cidade. Refizemo-nos do cansaço da viagem e logo às 19h30 estávamos com os irmãos para a primeira reunião, na Casa de oração. Depois de uma introdução devocional feita pelo diácono Wellington, a palavra nos foi concedida e começamos a falar sobre o tema proposto – A SUBMISSÃO DA MULHER NO LAR, NA IGREJA, NA SOCIEDADE – iniciando pela história de Abigail, esposa de Nabal e o episódio que envolveu Davi e os seiscentos homens que o acompanhavam. Falamos por cerca de uma hora a uma platéia pequena, mas muito atenta a tudo quanto se expunha. 
Terminada a reunião, continuamos reunidos, agora no salão social da igreja, onde tomamos um café com torradas e conversamos largamente com os irmãos. Depois de nos despedirmos, fomos dormir, às 24h00. 
No sábado acordamos bem cedo, pois iríamos passar o dia numa chácara às margens da represa do rio São Francisco que abastece uma grande barragem próxima a Jatobá (PE). Depois do café, nos encontramos com os irmãos e fomos em caravana para o local contratado, com uma paisagem exuberante, muita água, excelente banho, muitas árvores, sombras e confortados por uma brisa muito agradável que soprava naquela manhã. Depois de uma meia hora iniciamos uma reunião, onde cantamos salmos, oramos e falamos sobre o episódio que envolveu a família de Elimeleque/Noemi e como Rute veio a fazer parte do povo da aliança e o seu exemplo de submissão e ainda a forma como Deus a colocou na antecedência do Messias. Terminada a reunião, cada um procurou sua forma de lazer, com banho, jogos, caminhadas em trilhas, água de coco, degustação de frutas diversas, conversas, e perto das 13h00 todos almoçaram fartamente, uma deliciosa refeição preparada pelas mulheres da igreja. Às 16h30 retornamos à cidade, que dista 17 km da chácara. Todos estavam muito cansados, porém, bastante eufóricos pelo dia em comunhão, poismais ou menos cinco anos que a igreja não tinha mais se reunido como nessa oportunidade
À noite não houve reunião com a igreja, mas nos encontramos com os líderespastor Valdir Penaforte, diáconos Wellington, Rogério e Aldo – onde jantamos e depois fomos para as dependências do gabinete pastoral conversar sobre a igreja em Petrolândia, sobre a igreja em Caruaru, sobre o pastor Jorge e seu ministério em Teresina e mais alguns outros pontos. Fomos dormir perto das 24h00. 
No domingo pela manhã tomamos café na pousada e fomos fazer uma visita ao casal fundador da igreja – o irmão Pedro e a irmã Anaque são idosos e estão impedidos de ir aos cultos por causa da saúde (eles recebem semanalmente os irmãos da igreja em culto no próprio lar e assim permanecem em perfeita comunhão). Encontramos esses irmãos muito bem e cuidados por Deus, dando ainda muitos frutos da velhice, como palmeiras bem regadas, plantadas na Casa do Senhor. Depois nos dirigimos para a reunião com os irmãos, às 10h00. Tivemos uma breve devocional, dirigida pelo diácono Aldo e depois falamos sobre o papel da mulher na igreja, no lar, na sociedade e também sobre as suas atividades, mostrando o padrão de Deus que, diga-se de passagem, está sendo desobedecido e contrariado pela sociedade atual e até mesmo por muitas igrejas chamadas cristãs. Depois da exposição respondemos algumas perguntas de irmãos presentes e vimos que a escritura despertou muitos irmãos a pensarem seriamente nessa questão, a fim de viver uma vida de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado. Terminada a reunião almoçamos nas próprias dependências da área social da igreja, com um almoço prá de delicioso e farto, onde toda a igreja se congraçou e se alegrou. 
Terminado o Almoço, fomos à residência da irmã Luciene (Eu, o pastor Valdir, os diáconos José Antônio e Aldo e a esposa deste), que é membro da igreja e está ausentevários meses, acometida de estresse emocional. Fomos muito bem recebidos, lemos a escritura e oramos com ela e depois nos despedimos. Descansamos um pouco à tarde e logo às 18h00 iniciávamos o culto público de adoração ao Senhor
O diácono Aldo presidiu o culto com muita competência. A congregação cantou salmos, orou, leu a escritura e depois pregamos sobre as características exigidas pela escritura para aqueles que hão de presidir a obra do Senhor, e baseamos o sermão em dois textos: um no Antigo Testamento e outro no Novo Testamento (a igreja está em processo de substituição pastoral e assuntos dessa ordem sempre são bem necessários). Todos ouviram com muita atenção a pregação, que se estendeu por cerca de uma hora
Terminada a reunião, novamente fomos ao salão social e tomamos uma deliciosa sopa com torradas e café. Depois conversamos a fartar e ainda tiramos muitas fotos, a fim de celebrar as alegrias daqueles dias. Perto das 24h00 fomos dormir e acordamos bem cedinho, às 6h00 (ainda escuro, pela posição bem oeste da cidade) e rumamos de volta a Caruaru. Deus em tudo nos abençoou.
A igreja em Petrolândia ficou sem o pastor no mês de abril/2010 (o ex-pastor, Jorge Vicente, pastoreava a igreja desde abril/2005) e de prá vem sendo regida pelo pastor Valdir Penaforte (ele mora em Petrolina, distante 400 km, e vai a Petrolândia a cada quinze dias), pelo diácono Rogério (que mora em Delmiro Gouveia – AL, distante 90 km, e que vai a Petrolândia a cada quinze dias, alternando com o pastor Valdir) e ainda pelo diácono José Wellington, um jovem valoroso, hábil, piedoso, estudioso, que reside na própria cidade e leva a carga durante a semana, conduzindo os estudos nos lares e na igreja, e ajudando na solução das questões que surgem. Este jovem diácono, casado, com um filhinho, tem despontado no seio da igreja como um provável pregador, gozando do respeito da comunidade, sendo irrepreensível no seu proceder. A igreja experimenta grande ação do Espírito de Deus, promovendo reconciliação entre irmãos, de irmãos com a igreja, outrora afastados, reconciliação de casais, grande união interna. As mulheres se movem dentro da igreja de forma dinâmica, com muito trabalho e submissão. Elas fazem uma sopa deliciosa e vendem a preços módicos ao público, às 18h00, de segunda a sexta, e assim ajudam nas receitas da igreja. Citamos as irmãs: Gilda, Cimone (com “c” mesmo), Elane, Cleide, Aninha, que ainda dirigem as crianças nas classes de estudos bíblicos. As crianças despontam de forma notável, dando respostas de gente grande nas reuniões da igreja, quando interrogadas. Os diáconos estão em grande união e prestam atenção aos comandos do pastor Valdir Penaforte, decano de larga experiência. Os homens da igreja estão imbuídos do espírito de fazer avançar a obra do Senhor, como os irmãos Wilson, Sérgio, Sandro, Carlinhos. 
outro jovem na igreja, recentemente chegado, Deyvid Vilella, com apenasanos, porém, um jovem talhado por Deus para o ministério. Amante da literaturapuritana, vibrante com a dos apóstolos, devorador de livros e mais livros e tem sido umexemplo para os demais jovens da igreja. Muitas pessoas tem sido atraídas pelo ministério da igreja e até família inteiras também. Destacamos um jovem chamado Roberto, mineiro, que veio para Petrolândia de forma não planejada e aqui conheceu o evangelho na igreja batista reformada e Deus lhe tem segurado na cidade e ele a cada dia ganha mais solidez na fé dos apóstolos. O pastor Valdir Penaforte tem trabalhado com a igreja, conscientizando-a a atingir o padrão bíblico na questão do sustento pastoral, a fim de que a partir do próximoobreiro a igreja exercite as condições necessárias para a manutenção do ministério da Palavra, e não mais siga aquele modelo arcaico, arminiano, distante da escritura. Deixamos a cidade com a certeza de fazer retornar os intensos laços de comunhão que sempreentre Petrolândia e Caruaru, com a realização de retiros anuais e eventos outros, em que caravanas se revezavam em idas e vindas entre as duas cidades. Reconhecemos que somos poucas igrejas batistas reformadas e que, por isso, precisamos manter forteslaços de comunhão entre as que existem, mesmo que não sejam muito próximas geograficamente. Fomos e voltamos debaixo das bênçãos de Deus e das orações da igrejaem Caruaru e tivemos notícias de que também os demais irmãos que se deslocaram de outras cidades (Petrolina e Delmiro Gouveia) chegaram em paz aos seus portos. Por tudo isso nossa gratidão a Deus."

Pr. Edson Rosendo de Azevedo
Primeira Igreja Batista Reformada em Caruaru (PE)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

MINHA PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA

Sexta feira após uma correria pela manhã, para resolver os nossos problemas pessoais, partimos às 12:00h de Petrolina com destino a cidade de Petrolândia, distante 400km. A viagem em uma van de lotação transcorreu muito bem e as 17:00h chegamos ao nosso destino. Enquanto o Pr. Valdir Penaforte era recebido com alegria pelos seus nonagenários sogros o Dc Pedro Cordeiro(89 anos) e sua esposa Ana Barros(88) Juntamente com Sua esposa Lindacy eu partia para a cidade de Jatobá para resolver questões pessoais, visitar conhecidos e rever o Irmão Cícero, que em breve, se Deus quiser estará morando conosco.

Enquanto visitava velhos conhecidos, imóveis e ia à feira, Desde sábado, o Pr. Valdir exercia com ousadia o dom dado por Deus: Visitava irmãos, exortava outros, confortava outros tanto. Neste período se reuniu com a liderança da igreja local e tratou de assuntos pertinentes. Como eu também aproveitou para visitar também parentes e amigos.


À tarde nos reunimos no escritório pastoral. Lá juntamente com os diáconos Rogério Brilhante e Wellington Souza, falamos da vacância pastoral daquela igreja. Refletimos como em menos de seis meses eu fui para Petrolina, O Pr. Jorge foi pastorear em Teresina – PI, e Rogério passou em concurso público indo morar na cidade alagoana de Delmiro Gouveia. A carga maior coube ao Dc. Wellington, o mais jovem de todos (25 anos), que passou de fato a pastorear o rebanho em Petrolândia.Todavia, vimos desde o inicio que este jovem exerceu a liderança com desenvoltura. Ao conversar com ele varias vezes durante estes meses por celular sempre me lembrei de Paulo que dizia a Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade, mas torna-te o exemplo dos fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza “Que o nosso o guie e que o faça crescer “na graça e no conhecimento nosso Senhor Jesus Cristo”.
À noite, nos reunimos em assembléia ordinária para tratarmos de assuntos particulares da igreja, onde houve aprovação de relatórios e pedidos de reconciliação de um membro que comoveu a igreja.

Na manhã de domingo o Pr. Valdir pregou em Efésios 4.1-16. A igreja foi lembrada de sua vocação, de sua santidade, de sua unidade. Da união através do Espírito onde há” um só corpo, um só Espírito, uma só esperança, para a qual Deus chamou os eleitos. Também um só Senhor, uma só fé e um só batismo. E finalmente um só Deus e Pai de todos, que é o Senhor de todos, que age por meio de todos e está em todos”.Lembrou dos diferentes dons dados a igreja. E que Deus fez isso “para preparar o povo de Deus para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de Cristo”, que é a sua imaculada igreja. Para que deste modo, “cresçamos em tudo até alcançarmos a altura espiritual de Cristo, que é a cabeça”.


Às doze horas o estudo foi encerrado e fomos almoçar nas dependências da soparia da igreja. Este local funciona de segunda a sexta e vende sopas, caldos e refrigerantes. É mantido pela igreja local e vende também artesanatos de alguns irmãos. Este trabalho em muito tem auxiliado não somente irmãos como também toda a igreja.

Neste local conheci o jovem Deyvid Vilela. Jovem reformado, solicitou a Igreja Batista a sua filiação. Sua mãe também está freqüentando a nossa igreja. Demonstra um bom conhecimento teológico.

Almoçamos e conversamos bastante. Nestes períodos sempre demoramos mais na igreja. É momento de aconselhamento, de reflexão e meditação. Me alegrei bastante com as nossas crianças. Fiquei surpreso pois a quase um ano não as via. E como elas mudaram fisicamente. Todavia continuavam com a mesma alegria de sempre. Crianças, “são um presente do SENHOR; eles são uma verdadeira bênção”( Salmos 127:3). Só saímos da igreja quase as 15: 00h para um breve cochilo e retornamos as 17:40 h.

A noite o Pr Valdir continuou a sua exposição em Efésio 4.17-32. Com uma pregação poderosa, nos lembrou novamente de nossa vocação em Cristo. Que como seguidores de Cristo devemos viver uma nova vida. Não mais como vivíamos quando no paganismo. Deixando de lado os nossos desejos e concupiscências.Vivendo uma vida agradável a Deus, amando aos irmãos, “sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoando uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou a todos nós. “

Após a sua exposição dirigi a Ceia do Senhor. Lembrei aos irmãos o significado deste memorial. Aquelas palavras pregadas naquele dia representavam o modo de viver do Cristão. Por isso fui breve em minhas palavras. Encerramos a Ceia do Senhor e fomos lanchar novamente “na Sopa” como eles chamam a soparia. Naquela noite conhecemos o irmão Laurindo, sua esposa e três filhos. È uma simpática família que têm sempre nos visitado. Naquela noite conversamos bastante. Conversei bastante com o Irmão Amaro e a irmã Lourdes. É um casal que os estimo como se fossem meus pais. A simplicidade e a firmeza deles no Evangelho de Cristo sempre me admirou muito.

Saímos da igreja já bem tarde. Mesmo o Irmão Rogério tendo que viajar, por uma estrada perigosa, ainda conversamos mais de uma hora. Junto conosco estava o Irmão Cicinho. Irmão que fala pouco, porém sabe falar no momento certo. Além de ser uma pessoa hilária, é também um exímio escultor. Nos separamos desejando que aquele momento jamais terminasse. Momentos como esses, alguns meses atrás eram bem corriqueiros. Hoje todavia, são difíceis de acontecer.

Nos separamos de maneira brusca. Como disse anteriormente, não pretendíamos nos separar. Até junho fazíamos esses encontros todos os meses. Depois disso e de uma forma poderosa, Deus nos guiou a caminhos diferentes: Em Teresina, Pr. Jorge dirige a igreja Batista Reformada. Em Petrolina, conseguimos alugar um salão e estamos nos reunindo constantemente. Em Delmiro Gouveia, Rogério ainda está sozinho com sua família. Oremos para que uma igreja surja naquela cidade. São os caminhos de Deus. Por isso “Faze-me saber os teus caminhos, Senhor; ensina-me as tuas veredas.“ Que possamos sempre entender qual é a vontade de DEUS para conosco.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

REALIZADA A PRIMEIRA ESCOLA BIBLICA DOMINICAL

Neste domingo, 05 de abril de 2010, a Igreja Batista Reformada de Petrolina realizou a sua primeira Escola Bíblica. A Escola Biblica começou as 10:00h e teve como tema "Por que precisamos de uma confissão de Fé". Um breve relato dos credos, declarações e confissões foi realido naquele momento. Após isso falamos das principais diferenças entre as Confissão de Fé Batista de 1789 e as demais confissões. Os jovens debateram bastante sobre alguns pontos da Confissão Londrina.

A noite, realiamos o segundo culto na nova sede. O Pr Valdir Penaforte expos o Salmo primeiro, mostrando como deve ser a vida de um cristão no meio de uma geração corrompida. Participaram daquele culto 17 pessoas, entre os familiares, visitantes e irmãos reformados de outras denominações.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Igreja Batista Reformada realiza o seu primeiro culto público.


Grandes coisas fez o SENHOR por nós, e, por isso, estamos alegres.. Salmos 126:3


Neste domingo, 28 de março de 2010, a Igreja Batista Reformada em Petrolina realizou o seu primeiro culto no salão localizado a rua 26, 238A, Bairro Rio Corrente - Petrolina.

O culto contou com a participação do Pr. Ivan Braga e familia, da Igreja Presbiteriana Reformada, que sendo o pregador da noite predicou sobre As Bem Aventuranças, baseado em Mateus 5.1-16. Também estiveram presentes o Irmão Almeida, Irmão Maciel e suas respectivas famílias, todos membros da referida Igreja.

UM BREVE HISTORICO

Na verdade, há cinco anos uma família desta igreja já residia nesta cidade: Pr. Valdir Penaforte e família em muito auxiliaram grupos e igrejas reformadas existentes em Petrolina e Juazeiro. Todavia, diversos fatores impediram o surgimento de uma igreja batista reformada no município.

Porém em meados de 2009, com a chegada do Dc Aldo Vasconcelos e família, tornou-se necessário o surgimento de uma igreja que congregasse as duas famílias. E os trabalhos passaram a ser realizados na casa do Pr Valdir aos domingos a noite. Mas o pensamento era conseguir um espaço que fosse suficiente para as duas famílias, visitantes e para um maior conforto dos membros da Igreja.

Durante o mês de novembro os irmãos receberam a visita do Pr. Jorge Vicente e dos diáconos Rogério Brilhante e José Wellington. Naquela ocasião os irmãos celebraram a Ceia do Senhor, sendo um final de semana de grande deleite e muito proveitoso. O ânimo para a implantação de uma Igreja Batista Reformada cresceu mais ainda.

Neste mês surgiu a oportunidade. Um salão amplo, em uma rua de fácil localização foi conseguido. Só faltava pequenas reformas o que foi feito imediatamente.

E surge uma Pequena congregação, composta de oito membros e alguns visitantes constantes. Possivelmente nos próximos meses receberemos também o irmão Cicero Rodrigues e família que oriundo de Jatobá – PE, possivelmente poderá vir morar em nossa cidade. O seu contrato de trabalho estará expirando nos próximos meses. Uma de suas opções seria vir para Petrolina. O irmão Cícero é também é um excelente escultor e vê nesta cidade uma forma de divulgar a sua arte.

Que os irmãos em Cristo orem constantemente por esta pequena congregação.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O QUE É UMA IGREJA BATISTA REFORMADA?

Em Que Crê Um Batista Reformado?

São Bíblicas As Doutrinas Dos Batistas Reformados?

“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”. Judas 1:3

Freqüentemente ouve-se a pergunta: "O que é uma igreja Batista Reformada?" O propósito deste artigo é prover uma resposta sucinta, porém substancial, a esta pergunta. Dois aspectos distintos serão abordados. Em primeiro lugar, daremos uma breve definição dos termos. Em segundo, descreveremos alguns distintivos básicos das igrejas Batistas Reformadas.

UMA DEFINIÇÃO DOS TERMOS

Sob este título consideraremos o que tencionamos transmitir com os nomes "Reformada" e "Batista". "O que queremos dizer por Reformada?"

Nós temos assumido este nome "Reformada" de forma proposicional e por duas razões específicas: primeiramente porque nos ajuda a explicar algo de nossas raízes histórica e teológica. Nós mantemos um corpo de confissões teológicas comumente chamadas de Fé Reformada - aquelas verdades da Palavra de Deus que foram afirmadas pela igreja primitiva e reavivadas pela Reforma Protestante. Verdades bíblicas tais como Sola Fide (justificação somente pela fé), Sola Gratia (salvação somente pela graça de Deus), Soli Christo (Cristo somente, o Salvador dos pecadores), Sola Scriptura (a Bíblia, e somente ela, como base de fé e rática) e Soli Deo Gloria (a Deus somente, toda glória na salvação dos pecadores), entre os grandes pilares da Fé Reformada.

Talvez mais conhecida por sua doutrina da salvação, a Fé Reformada ensina (assim como ensinam as Escrituras) que, antes que o mundo fosse formado, Deus o Pai, soberanamente, escolheu certos pecadores para a salvação de acordo com o Seu beneplácito (Ef 1.3-5). A Seu próprio tempo, Deus o Filho, veio e morreu pelos pecados dos escolhidos (Jo 10.14-18). Na conversão, Deus o Espírito Santo, trabalhando em harmonia com o decreto do Pai e a morte do Filho, aplica a obra de redenção ao eleito (Tt 3.5). Quando dizemos que somos Reformados, estamos afirmando que abraçamos como bíblico, o sistema de teologia comumente chamado de doutrinas da graça - aquelas doutrinas que afirmam a depravação total do homem, a natureza incondicional da eleição, o propósito particular ou limitado da redenção, o chamamento irresistível e eficaz, e a perseverança e preservação dos santos. Muitos dos grandes nomes da história da igreja estão associados a estas doutrinas. Calvino, Knox, Bunyan, John Newton, Matthew Henry, Whitefield, Jonathan Edwards, Adoniran Judson, William Carey, Spurgeon, A.W.Pink e um exército de outros abraçaram este entendimento da salvação cristã. Enfatizamos, entretanto, que mantemos estas verdades, não simplesmente porque Calvino e outros grandes nomes da história da igreja também as abraçaram, mas porque, assim Jesus como os apóstolos, claramente as ensinaram.

A Fé Reformada, porém, abrange muito mais que a bíblica doutrina da salvação. Seus ensinos enfatizam ainda, o que concerne a outras verdades de grande importância como, por exemplo, a maneira em que nós, como crentes, devemos viver neste mundo ou, ainda, como a igreja deve levar adiante a pregação do Evangelho, ou também como conduzir nosso culto de adoração a Deus e como nossas igrejas devem ser governadas. Deste entendimento teológico emanaram grandes confissões, credos e catecismos Reformados. Entre os mais proeminentes estão os Cânones do Sínodo de Dort, a Confissão de Fé e o Catecismo de Westminster, e a Confissão de Fé e o Catecismo de Heildeberg. Nossa Confissão de Fé, a Confissão de Fé Batista Londrina publicada em 1689 (também conhecida como Segunda Confissão de Fé Batista Londrina) está profundamente enraizada nestes documentos históricos e é substancialmente similar a Confissão de Westminster. Por estas razões teológicas e históricas, nos chamamos de cristãos "Reformados".

Também usamos este termo "Reformada" de um segundo modo e por uma segunda razão: estamos buscando reformar-nos a nós mesmos e às nossas igrejas de acordo com os ensinos da Palavra de Deus, a Bíblia. Em nossos dias atuais, com freqüência ouvimos chamados de muitos púlpitos para uma reforma da igreja. Porém, tais chamados, em muitos casos, visam ao esforço de mover a igreja para ainda mais distante de suas raízes bíblicas e históricas, na direção do que é moderno, contemporâneo e a toda gama de inovações; a uma teologia centrada no homem e seus interesses físicos e seculares. Existe, sem dúvida, uma reforma em progresso mas que não é uma reforma de acordo com os padrões bíblicos, senão um atentado objetivando transformar a Casa de Deus (1 Tm 3.15) em Casa de Entretenimento. Os pecadores são mais adulados do que convictos. Felicidade e não santidade é a grande paixão do dia. Para muitos, o poder de Deus, Sua majestade e glória são omitidos, se não totalmente relegados ao esquecimento. Os Batistas Reformados estão fazendo seu alvo e ambição se posicionarem cada vez mais em alinhamento com as Escrituras. Neste sentido, as igrejas Batistas Reformadas não são estáticas. Desejamos fazer o caminho de volta às Escrituras, examinando-nos constantemente. E não o fazemos simplesmente porque os Puritanos do passado o fizeram, ou porque outras igrejas Reformadas o fazem. Nós almejamos fazer tudo o que vemos revelado em nossas Bíblias, como sendo a vontade de Cristo para Sua igreja.

"O que queremos dizer por Batista?"

O nome "Batista" é, para nós, uma forma abreviada para transmitir certas verdades. Primeiramente, queremos afirmar as verdades bíblicas com referência àqueles que devem ser batizados e, ao mesmo tempo, a maneira ou método do batismo. A Bíblia não é silenciosa nem tampouco obscura quanto a esta questão. O fato de ser o batismo exclusivo para aqueles que são discípulos, é um ensino claro e indisputável na Palavra de Deus (Mt 28.19). O mandamento sobre quem deve ser batizado não se descobre no livro de Gênesis, e sim nos Evangelhos e nas cartas apostólicas. Não existe nenhuma evidência na Palavra de Deus que possa, legitimamente, sustentar a noção de que os infantes de pais crentes devam ser batizados. Todo mandamento bíblico em particular, assim como todo exemplo e toda afirmação bíblica concernente aos candidatos ao batismo, atestam que estes devem ser somente aqueles que são convertidos.

No que concerne a forma ou método do batismo, este é, própria e biblicamente, administrado por imersão. A palavra grega comum para "imergir" ou "mergulhar" é a palavra usada em todo o Novo Testamento. O argumento de que a palavra pode ser encontrada em raríssimas ocasiões significando "derramar" ou "aspergir" é, diríamos, pedir muito. Existem palavras gregas que exprimem perfeitamente o sentido de "derramar" ou de "aspergir". De fato, existem numerosas ocasiões na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento) onde as palavras "imergir" e "aspergir" são usadas no mesmo contexto, porém, com significados distintos e separados, como as ocasiões onde o sacerdote "molha" (mergulha) o dedo no sangue e o "asperge" sobre o objeto.

O nome Batista é, em segundo lugar, usado para transmitir nossa persuasão de que somente aqueles que são genuinamente convertidos e batizados têm o direito a membresia na igreja de Cristo. A isto freqüentemente aludimos como "membresia regenerada". Uma leitura cuidadosa das epístolas do Novo Testamento demonstrará que os apóstolos presumiram serem os seus leitores, "santos", "irmãos fiéis" e "limpos por Cristo" (1 Co 1.2; Cl 1.2). Infelizmente, em nossos dias muitas são as igrejas batistas que estão mais ocupadas em ter uma membresia de pessoas que fizeram "decisões", ou uma membresia batizada, do que com uma membresia regenerada. É dever dos pastores, como de todos aqueles que pertencem a igrejas verdadeiras, se assegurarem o melhor possível, de acordo com suas habilidades, que nenhuma pessoa não convertida venha a tornar-se membro de suas igrejas.

À luz do que já temos dito, chegamos agora a uma pergunta crucial: "Como podemos distinguir as igrejas Batistas Reformadas de outras igrejas?" Não existe uma forma rígida, padrão, para nossas igrejas, porém, nosso entendimento das Escrituras nos traz a um consenso entre as diversas igrejas locais, no que respeita a muitos temas vitais. A lista que se segue, está longe de ser exaustiva e de abranger tudo aquilo que deve caracterizar toda igreja verdadeira. A lista não inclui importantes e fundamentais interesses, tais como o amor por Cristo, anelo pela presença e pelo poder do Espírito Santo, amor verdadeiro e evidente pelos irmãos, e zelo por alcançar os perdidos. Estas coisas devem, necessariamente, marcar qualquer igreja que se considere verdadeira igreja de Cristo. Fica claro que as igrejas Batistas Reformadas devem patentear estas marcas. As que relacionamos abaixo, são marcas que se adicionam a estes interesses mais fundamentais. Ademais, intencionamos deixar claro que não descansamos sobre estes distintivos como se fossem nossos únicos meios para agradar a Deus. Poucas coisas são mais odiosas a Deus do que uma ortodoxia morta e um formalismo vazio. Os distintivos que se seguem são, de certa maneira, "verdades perdidas" que necessitam ser recuperadas nas igrejas em nossa geração.

MARCAS DISTINTIVAS DAS IGREJAS BATISTAS REFORMADAS

1. As igrejas Batistas Reformadas se distinguem pela convicção no que se refere a suficiência e autoridade da Palavra de Deus, assim como a sua inspiração, infalibilidade e inerrância. Todos os crentes crêem na inspiração e infalibilidade da Palavra de Deus. Todo verdadeiro cristão crê que a Bíblia é inspirada (literalmente, "aspirada" pelo hálito de Deus) e que ela é infalível e sem erros em todas as suas partes. Negar isto é heresia que condena a alma. Contudo, ainda que todas as verdadeiras igrejas evangélicas sustentem uma doutrina ortodoxa das Escrituras, a infeliz verdade é que nem todos os evangélicos buscam regular a vida da igreja, em todos os seus aspectos, pela Palavra de Deus. A crença comum, seja isto claramente afirmado ou não, é que a Bíblia não é um guia suficiente para ordenar a igreja. Este pensamento encontra-se subjacente em muito do que vemos nos modernos "movimentos de crescimento de igreja". Estes movimentos estão alicerçados sobre a crença comum de que a Bíblia tem pouco ou nada a dizer acerca da natureza e propósito da igreja, e, por esta razão, muitos se sentem à vontade para "re-inventar" a igreja. Parecem argumentar que Deus não tem princípios em Sua Palavra, concernentes à vida corporativa do Seu povo. Devemos, portanto, proclamar, nestes dias de apostasia, que aqueles que foram chamados e separados por Cristo para serem os pastores de Seu rebanho, devem ouvir a palavra profética de Isaías, que demanda: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva" (Is 8.20). Os Batistas Reformados têm, pois, a convicção de que a Bíblia, e somente ela, nos diz o que a igreja deve ser e fazer (1 Tm 3.14,15). A Bíblia, e somente ela, deve regulamentar as classes de oficiais ou líderes da igreja e dizer-nos quantos devem ser, a saber, dois: presbíteros e diáconos (Fp 1.1). A ela também cabe, exclusivamente, prescrever quais devem ser as suas qualificações e suas funções (veja Atos 20, 1 Timóteo 3, Tito 1, Hebreus 13 e 1 Pedro 5). É a Bíblia, e somente ela, que nos diz o que é o culto e como ele deve ser oferecido (Jo 4.23,24). É ainda a Bíblia, e somente ela, que nos ensina quem deve ser membro da igreja de Cristo e o que esta deve requerer de seus membros (At 2.42-47; 1 Ts 5.12-14; Hb 13.17). Muitas são as igrejas conservadoras que professam crer na Bíblia e que, no entanto, não crêem o suficiente para, plenamente, se deixarem regular por ela.

2 As igrejas Batistas Reformadas se distinguem pela convicção de que a igreja existe para a glória de Deus (Ef 3.21; 5.26,27). Porque a igreja existe para a glória de Deus, o culto a Deus e Palavra de Deus devem ser centrais em sua vida. Hoje, contudo, a medida de uma igreja é tomada em termos do que ela tem para oferecer ao homem. Atende às suas necessidades? É divertida? É relaxante? Oferece entretenimento? As igrejas, entretanto, deveriam estar muito mais preocupadas com o sorriso de Deus do que com o sorriso dos homens. A igreja é a Casa de Deus (1 Tm 3.15), não a casa dos homens. Isto não quer dizer que deva ser um lugar monótono, austero, triste, destituído de sentimentos e de emoções. O lugar onde está a presença especial de Deus é, para os santos, o lugar mais glorioso da terra, e um oásis para as almas sedentas dos pecadores que queiram buscar a Deus. Não obstante a isto, o lugar da presença de Deus é também santo e solene. "Quão temível é este lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus" (Gn 28.17). É esta convicção que explica a reverência e a seriedade com as quais nos aproximamos de Deus em nossos cultos.

3. As igrejas Batistas Reformadas se distinguem pela convicção de que a igreja local é central nos propósitos de Deus na terra (1 Tm 3.15).Organizações para-eclesiásticas, as vemos em todas as formas e por todas as partes. Vivemos dias quando cristãos que dizem possuir uma mente independente, transitam de lugar a lugar, envolvidos neste ou naquele "ministério", sem nunca se obrigarem ou assumirem responsabilidades com alguma igreja em particular. Esta atitude de "aventureiros solitários" não só é perigosa, mas totalmente contrária à mente de Deus revelada nas Escrituras (Mt 28.19,20; At 2,41,42). Alguns se escusam por afirmar que a igreja tem sido negligente em muitos aspectos e falhado no cumprimento da missão que Deus lhe incumbiu. A solução, entretanto, não é a de abandonar a igreja, mas a de buscar sua reforma e restauração bíblica. Apenas a igreja é a habitação especial de Deus por Seu Espírito entre os homens (Ef 2.22). A grande comissão das igrejas é cumprida quando pregadores do evangelho são enviados pelas igrejas para edificar novas igrejas, por meio da conversão, do batismo e do discipulado. Se você anseia por onde está a especial presença de Deus, então encontre uma igreja bíblica constituída por crentes genuínos.

4. As igrejas Batistas Reformadas têm por convicção que a pregação da Palavra de Deus é fundamental para a vida da igreja local. Como é que Deus mais freqüentemente se agrada em salvar os pecadores? Como é que Deus mais freqüentemente se agrada em exortar, desafiar, confortar e edificar os santos? Como é Cristo mais poderosamente apresentado às mentes e aos corações? Através da pregação da Palavra de Deus (1 Co 1.21; Ef 4.11-16; 2 Tm 4.1-5). Por conseguinte, os Batistas Reformados, assim como todos os crentes de mentalidade sobriamente bíblica, rejeitam as tendências atuais que secundarizam a pregação e o ensino no culto, ou mesmo substituem-nos por outros elementos, geralmente relacionados à música, dramaturgia e expressões da arte cênica. A pregação da Palavra de Deus deve ser central na adoração a Deus. O apóstolo Paulo nos adverte de que, no dia em que os crentes professos não mais tolerassem a sã doutrina, de acordo com suas próprias concupiscências cercar-se-iam de mestres para satisfazerem à "coceira" de seus ouvidos. Por esta razão, ele insta com Timóteo a que pregue a Palavra. Não devemos dar lugar à pregação ociosa, e à infidelidade de pastores que negligenciam alimentar as ovelhas. A condenação da Palavra de Deus é clara neste aspecto: "Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?" (Ez 34.2).

5. As igrejas Batistas Reformadas se distinguem pela convicção de que a salvação transforma radicalmente a vida do convertido. É trágico que tal coisa tenha que ser mencionada. Vivemos nos dias do "decisionismo" e da "fé fácil". Muitos são deixados na impressão de que converteram-se proferindo certa fórmula de oração, caminhando ao altar, levantando a mão ou assinando um cartão. Não importa se de fato romperam com o pecado e passaram a buscar uma vida de santidade (Hb 12.14). Alega-se que eles, embora vivendo para si mesmos e para o mundo, estão a caminho do céu. Muitos professores de Bíblia e pregadores populares defendem isto como a grandeza da graça de Deus. A Escritura, no entanto, diz que isto é transformar "em libertinagem a graça de nosso Deus" (Jd 4). Quando Paulo referiu-se à conversão dos crentes efésios, ele utilizou os maiores antônimos da linguagem humana para descrever a profunda mudança que teve lugar em suas vidas: "Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz" (Ef 5.8). O apóstolo retoricamente perguntou aos coríntios: "Que comunhão, da luz com as trevas?" (2 Co 6:14). Jesus, a quem proclamamos, é um grande Salvador. Ele não deixa o Seu povo morto nos seus pecados. Proclamamos que Jesus veio para salvar o Seu povo dos seus pecados (Mt 1.21). Proclamamos a verdade bíblica de que aquele que está em Cristo é nova criatura (2 Co 5.17). Anunciamos Aquele que veio para purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras (Tt 2.14). Rejeitamos a noção moderna e anti-bíblica de que uma pessoa possa abraçar a Cristo como Salvador, sem que ao mesmo tempo O tenha como seu Senhor. Em nenhum lugar das Escrituras, encontramos que Cristo possa estar dividido. Aquele que professa ter a Cristo, deverá tê-lo integralmente, em todos os seus três ofícios: Profeta, Sacerdote e Rei.

6. As igrejas Batistas Reformadas se distinguem pela convicção de que a Lei de Deus, conforme se expressa nos Dez Mandamentos, deve regulamentar a vida do crente sob a Nova Aliança (veja Jeremias 31 e l João 2). Paulo escreveu à igreja em Corinto: "A circuncisão, em si, não é nada; a incircuncisão também nada é, mas o que vale é guardar as ordenanças de Deus" (1 Co 7.19). Nesta época de cristianismo antinomista, que pouco ou nada demanda, nós afirmamos que o caminho da santidade ordenada por Deus nunca foi mudado. A lei escrita no coração do homem desde a criação é a mesma lei dos Dez Mandamentos codificada no Monte Sinai. E esta lei é, de igual maneira, escrita nos corações dos crentes do Novo Testamento.

Entre as leis de Deus, poucas são tão odiadas como o Quarto Mandamento: "Lembra-te do dia de Sábado, para o santificar" (Ex 20.8; Dt 5.12). Que Deus requer dos crentes absterem-se um dia por semana de todas as suas ocupações seculares, dedicando-o ao culto ao Senhor, é absurdo a alguns e repulsivo a outros. O pastor presbiteriano e comentarista bíblico Albert Barnes, assim escreveu: "Existe um estado de coisas nesta terra que tende a obliterar totalmente o Dia do Senhor. O Dia do Senhor tem mais inimigos nesta terra do que todas as outras instituições religiosas juntas. Confrontar-se com o inimigo aqui é mais difícil que em qualquer outra parte, porque aqui entramos em conflito não com argumentos, mas com interesses e prazeres, e o amor à indulgência e ao ganho". Concordamos com John Bunyan quando disse: "O homem demonstra seu coração e sua vida - o que ele realmente é - mais no Dia do Senhor do que em todos os demais dias da semana. Deleitar-nos no serviço a Deus em Seu Santo Dia, em vez de esperá-lo com pesar, dá-nos boa prova de uma natureza santificada". Muitos encontram-se tão cativos e absortos em seus prazeres, jogos e entretenimentos, que só pensar em deixá-los por 24 horas cada semana, com o propósito de cultuar e deleitar-se em Deus, é visto como escravidão legalista. Mas, longe de ser escravidão, para o povo de Deus, a observância espiritual do Dia do Senhor é uma ocasião de grande refrigério e ditosa liberdade. O povo de Deus ama a Sua Lei, e meditar nela é um deleite para suas almas compradas ao preço de Sangue.

7. As igrejas Batistas Reformadas se distinguem pela convicção concernente à liderança masculina na igreja. Nossa geração tem testemunhado a feminização do lar e da igreja. Deus, no principio, criou homem e mulher, e a cada um correspondeu diferentes papéis embora complementares. Ainda que ambos os sexos sejam iguais na criação e na redenção, Deus, entretanto, em Sua soberania ordenou que a liderança do lar e da igreja fosse assumida pelo homem. Aqueles cujas mentes têm sido indevidamente influenciadas por esta geração, consideram o exercício bíblico da liderança masculina na família e na igreja como algo dissonante. Quando a Bíblia é estudada cuidadosamente, depreende-se que o dever dos maridos e pais de exercerem a liderança no lar (Ef 5.22-6.4; Cl 3.18-21) não é culturalmente condicionado. Quando a Bíblia fala de homens liderando em oração, ensinando, pregando e servindo como presbíteros e diáconos (1 Tm 2.8 e 3.1), devemos dobrar-nos com corações submissos e respeitosos. A cultura, qualquer que seja, não deverá reger ou ter a última palavra na Igreja de Cristo.

8. As igrejas Batistas Reformadas se distinguem pela convicção concernente ao caráter sério da membresia da igreja. Tomamos com seriedade os deveres e responsabilidades que, como membros, assumimos. Reverenciamos a admoestação bíblica: "Não deixemos de congregar-nos..." (Hb 10.25). Em outras palavras, ser membro de uma igreja local equivale a um privilégio, e é algo significante para as igrejas Batistas Reformadas. Não esperamos que haja grande disparidade entre a assistência dos cultos do domingo pela manhã, Domingo à noite ou durante a semana. De todos os membros espera-se que estejam presentes a todos os cultos da igreja. É impossível aos membros compartilharem da vida da igreja, da maneira intencionada por Deus e, ao mesmo tempo, ausentarem-se de suas reuniões públicas sem justa causa. Reconhecemos que poucas igrejas atualmente pugnam por isto, porém, uma membresia bíblica pressupõe tal compromisso para com Deus, para com seus pastores e para com os irmãos em Cristo.

Muito mais poderia ser escrito, mas, o que aqui se lê, deverá dar ao leitor uma boa idéia do que queremos projetar quando dizemos que somos Batistas Reformados. Isto é o que o nome significa, e estas são algumas marcas que nos distinguem. Se estas verdades ecoaram em seu coração como sendo bíblicas, nós o(a) encorajamos a buscar uma igreja tal, que lhe seja lugar seguro, fiel e confiável para guiar e nutrir sua alma imortal.

(Adaptado com permissão de um sermão pregado por Jim Savastio, pastor na Igreja Batista Reformada de Louisville, Kentucky, USA)

quarta-feira, 17 de março de 2010

DEFENDENDO AS ANTIGAS DOUTRINAS DA GRAÇA

Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos (Rm 10:8)

A Igreja Batista Reformada de Petrolina defende em sua teologia os fundamentos que para a grande parte do segmento evangélico seriam “novidades”. Formada em sua grande maioria por pentecostais, os protestantes brasileiros de hoje desconhecem totalmente as doutrinas bíblicas da eleição: Depravação Total, Graça Irresistível, Eleição Incondicional, Expiação Particular, Perseverança dos Santos.

Pode parecer estranho ao leitor e até mesmo herético falar sobre esses assuntos. Todavia foram temas defendidos por grandes homens de Deus do passado como Zuinglio, Calvino, Lutero,Martin Bucer,Whitefield, Bunyan,Ryle, Knox, Owen, Matthew Henry, Baxter e Jonathan Edwards. Spurgeon - citados por todos, porém seguido de fato por poucos – afrmava: "Eu pessoalmente acredito que não seja possível pregar a Cristo e Ele crucificado, a menos que estejamos pregando o que hoje é conhecido como Calvinismo. O Calvinismo é apenas um apelido; o Calvinismo é o evangelho e nada mais”.

Na atualidade temos grandes defensores da fé reformada entre tantos podemos citar R.C. Sproul, Jonh MacArthur, A. W. Pink, Josafá Vasconcelos, Paulo Anglada, J.I. Packer, M.Lloyd Jones, Augustus Nicodemus.

No Brasil temos o movimento Os Puritanos e mais recentemente o movimento Batista Reformado que defendendo as antigas doutrinas, retornaram aos ideais de fé bíblicos defendidos pelos antigos reformadores. Sola fide, sola gratia, sola scriptura. Ora “esta é a palavra da fé, que pregamos” (Rm 10:8)