MEDITANDO NO TRABALHO MISSIONARIO

Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Isaías 6:8

sábado, 30 de junho de 2012

DEUS SENTADO NO BANCO DOS RÉUS



Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem - Romanos 1:32

Pr Edson Rosendo de Azevedo

Criado à imagem de Deus, ser racional, com o propósito mais sublime – adorar a Deus, o homem se meteu em muitas astúcias e contradições, tornando-se protagonista dos maiores absurdos de todas as criaturas, dos atos mais bestiais de todos os seres, dos paradoxos mais intensos dentre todos os cometidos. Os absurdos dos homens são tamanhos que todos os seres irracionais, incluindo os abutres, os animais peçonhentos e até as bactérias de esgotos, se tornaram credores impagáveis junto a eles.

 Dentre todos os absurdos realizados, o homem cometeu a insanidade de julgar a Deus, de colocá-lo no banco dos réus, de lhe impor um julgamento injusto, anárquico, irreverente e irracional. Jesus foi conduzido ao governador Pilatos, vassalo romano, tendo como promotores os membros do Sinédrio, que o acusaram com veemência, sendo interrogado pelo governador romano. Este, depois, o remeteu a outro governador romano, que dele escarneceu e o desprezou, tendo-o exposto ao ridículo quando ordenou que o vestissem com roupas de palhaço. Daí o devolveu ao governador de origem, que o interrogou mais uma vez e, finalmente, expediu o veredicto de condenação, mesmo não tendo encontrado nele qualquer indício de que tenha cometido um crime digno da pena máxima. Tudo isso aconteceu! Como pode o adorador julgar o seu Deus? Como pode a criatura julgar o seu Criador? Como pode o súdito julgar o seu Rei? Como pode o verme julgar o Soberano? Jesus estava ali, sentado no banco dos réus, porém réus eram o Sinédrio, Pilatos e Herodes. Que os crentes não cometam o desatino de julgar a Deus, achar que Ele poderia ter feito assim ou assado, achar que tal e tal ponto de vista é muito duro. Que nenhum crente se ache na condição irracional de ser reprovador do Senhor, mas que todos se humilhem diante de sua perfeição, santidade e, principalmente, diante de sua graça, que nos absolveu – nós, criminosos, que estávamos sentados no banco dos réus, já condenados, e Ele nos mudou a sentença, tirando-nos da morte e dando-nos a vida, a vida eterna.
Edson Rosendo de Azevedo é pastor da Primeira Igreja Batista de Caruaru