MEDITANDO NO TRABALHO MISSIONARIO

Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Isaías 6:8

domingo, 3 de junho de 2012

EM CRISTO, AS SOMBRAS TORNAM-SE REALIDADES



Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional(Romanos 12:1). 

Fabiano Rocha
Cristo é o cumprimento de todos os tipos do Velho Testamento. Tudo aquilo que era sombra da perfeita realidade se cumpre nele. Como a revelação de Deus é progressiva, a realidade dos bens futuros estava também progressivamente revelada por Deus. O Senhor Jesus era revelado através de tipos e sacrifícios. Mas isso era apenas uma realidade pálida da vida da nova aliança. A plenitude do Espírito Santo e a dimensão do culto espiritual estavam sendo gradualmente mostrados. As questões que envolviam o culto do Velho Testamento, carregados de formalidades, sacrifícios específicos, arquitetura dividida entre o lugar santo e o santos dos santos, a arca que representava a presença de Deus entre o povo, o maná que caiu do céu, bem como as exigências da lei, as implicações do quarto mandamento e os ofícios da monarquia judaica, tudo isso eram como setas que apontavam para Cristo. Eram sombras de uma realidade perfeita que ainda viria. Isso é tão real que Cristo tornou-se a porta de entrada para uma correta interpretação da Antiga Aliança. Jesus deixa isso claro quando, em direção a Emaús, se coloca entre os discípulos e expõe tudo o que acerca dele estava escrito no Velho Testamento: na lei, nos salmos e nos profetas. Cristo fez uma perfeita exegese dos textos bíblicos, mostrando suas aplicações nele. O evangelho de Lucas narra que Cristo, estando na sinagoga, levantou-se para ler e deram a ele o livro do profeta Isaías. Ele leu Is 61:1-2 e concluiu dizendo que nele se cumpria toda a Escritura que o povo acabara de ouvir. Isso não quer dizer que as ordenanças da antiga aliança não tinham valor. Tudo o que Deus prescreveu e ordenou a Israel, o fez como sendo parte de sua revelação, portanto tinha sua importância, mas não representava a totalidade da revelação, apenas parte. Eram verdades que apontavam para o Senhor Jesus Cristo. Todas elas tiveram seu valor e funções para a época e contexto adequado. Porém, vindo a plenitude da luz, se alguém ficar preso às sombras torna-se é um verdadeiro contrassenso.
Em Cristo tudo foi plenamente cumprido e realizado. Já não restam mais sacrifícios a serem feitos. Ele é a soma total de todas as bênçãos espirituais prometidas. Jamais outro pode ou poderá assumir seu lugar. A satisfação prestada à justiça de Deus é providenciada no seu sacrifício. O culto agora não é mais num lugar especifico, mas em espírito e em verdade. A adoração a Deus não está circunscrita a uma localidade, através de uma tribo, de homens específicos ou cerimônias. Agora sua morte foi nossa morte, da mesma forma sua vida é a nossa vida. E tendo vida juntamente com Cristo , temos total condição de adorar a Deus de forma espiritual e verdadeira. Nós devemos nos apresentar diante de Deus como o sacrifício vivo, santo e agradável, sendo esse o nosso culto racional (Rm12:1). Cristo é o inicio, o meio e o fim da revelação. Aquilo que era apenas sombra, nele tornou-se realidade plena.
Fabiano Rocha é pastor da Primeira Igreja Batista Reformada de Taguatinga

A GARANTIA DE RESTAURAÇÃO PARA O CRISTÃO



Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça (1 João 1:9). 
*Pastor Edson Rosendo
O cristão pode incorrer em tristes pecados, trazendo grandes prejuízos para si, para sua família, para a igreja e para o nome do Senhor entre os incrédulos. As implicações são muitas dores, destruição, angústias, depressão e tantos outros males. Depois de graves pecados cometidos, o cristão é confrontado fortemente pela sua consciência, que, culpada, arrasa-o completamente. O Espírito do Senhor produz a tristeza em seu coração, a fim de que veja a sujidade de seu pecado, mediante o espelho da Escritura, colocado diante dele. Com a boca no pó, o cristão clama por restauração, humilha-se diante de Deus, confessa o pecado, pede perdão e recebe a reconciliação. A Escritura anuncia ampla restauração para o quebrantado, aquele que, trabalhado pelo Senhor, recebe a transformação de sua inclinação pecaminosa mediante o arrependimento – também uma dádiva de Deus, o único que pode dar arrependimento ao homem. O cristão, então, confessa seu pecado e recebe o perdão imediatamente, sem delongas, sem adiamentos, sem ter seu pecado improperado; mas de boa vontade, fato que produz alegria nos próprios anjos do Senhor que estão nos céus. A Escritura garante que "se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda a injustiça". Em outras palavras, o cristão que peca, seja qual for o pecado, tem garantias de reabilitação, não ficando para sempre no lamento, na lamúria, no confronto. Mas não é esse o caso do ímpio, que nunca teve seu pecado perdoado, tendo uma vida inteira de confronto com o pecado, o juiz implacável da consciência, que dia e noite, com o dedo em riste, acusa-o do pecado cometido e da condenação que o espera. A não ser que Cristo o salve, ele jamais terá seu pecado perdoado, nem nesta vida nem na vida do porvir, e sua existência será de eterno confronto, de eterno lamento.
*Edson Rosendo é pastor da Primeira Igreja Batista Reformada de Caruaru