“Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão” (Gálatas 5:1).
Pr. Fabiano Rocha
Em Cristo somos livres de toda escravidão. Somos chamados a desfrutar da liberdade conquistada por Cristo. Como diz a Escritura: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou”. Paulo dá grande ênfase à verdade de que Cristo liberta os crentes aqui e agora e os traz à verdadeira liberdade. Esse tema fez o apóstolo escrever uma carta à igreja dos Gálatas, em tom de grande advertência, pois os irmãos estavam desprezando essa condição e se prendendo novamente ao jugo de escravidão e libertinagem desenfreada. Alguns entre os gálatas estavam abraçando a proposta judaica e outros se entregando aos ditames de uma vida na carne. A condição conquistada por Jesus Cristo é integral, completa. Somos livres pela graça de Deus da escravidão do pecado, o senhor tirano cujo salário é a morte. Somos livres também: da lei (como sistema de salvação, que sempre apontava o pecado e revelava nossa incapacidade em vivê-la de forma perfeita); do poder das trevas, das superstições religiosas e de todo peso e carga impostos pelo tradicionalismo religioso. Essa total liberdade, em todos os seus aspectos é dom de Cristo, que a comprou mediante sua morte na cruz.
Porém, assim como a suficiência do sacrifício de Cristo é atacado pelas mentiras, a liberdade cristã também sofre ataques. Várias sugestões e erros humanos têm colocado em xeque a liberdade e o dom de Cristo ao seu povo. Ou querem transformá-la em libertinagem, fazendo uso dela para dar ocasião à carne, ou acrescentam uma série de regras e mandamentos de homens, tais como: não beberás isso, não vestiras aquilo, não comerás carne, etc. Essa lista é maior ou menor, dependendo das opiniões dos homens e conforme as tradições recebidas. A liberdade Cristã não é nem o aval à licenciosidade nem a eliminação da responsabilidade cristã. A liberdade é ser livre para fazer a vontade de Deus. A nossa condição atual, em Cristo, não significa uma vida sem regras e padrões morais, uma vez que não estamos sem lei para com Deus (1Co 9:21 ). A lei divina conforme foi interpretada e exemplificada por Cristo permanece como a vontade moral de Deus expressa para o seu povo e é por isso que liberdade é necessariamente ser livre para amar e servir a Deus.
Portanto, a nossa tarefa agora é, primeiramente, lutar contra todo e qualquer sistema legalista ou tradicionalismo humano ou religioso que queira tirar o valor de Cristo como centro, dizendo que a fé nele é insuficiente para a salvação ou acrescentando regras e mais regras que nos fazem escravos novamente. Mentiras que nos fazem trocar o fardo de Cristo pelo fardo dos homens. Devemos de igual modo aproveitar da melhor maneira possível essa liberdade, sem jamais nos entregarmos à libertinagem e sim com uma fé que atua pelo amor, para que nos submetamos à vontade de Deus.
Fabiano Rocha é pastor da Primeira Igreja Batista Reformada de Taguatinga