MEDITANDO NO TRABALHO MISSIONARIO

Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Isaías 6:8

domingo, 13 de maio de 2012

O CRISTÃO E A TENTAÇÃO


http://www.bem-dito.net/2012/04/oracao-nao-muda-deus-muda-o-homem-sren.html

Pastor Edson Rosendo
 Antes de nascer de novo, o cristão vivia no pecado, praticando-o como forma de vida. Porém, depois do novo nascimento, o cristão não vive mais no pecado e, embora ainda peque, não vive mais no pecado, não se demora no pecado, não ama o pecado, não sente satisfação no pecado. Mas, ao pecar, sente imediatamente a culpa, o peso na consciência, e só descansa quando confessa seu pecado e pede perdão a Deus. No entanto, há um elemento mundano (externo) e carnal (interno) que convida o cristão a pecar, a retornar à vida pregressa, e este elemento se chama tentação.
A Escritura ensina que todos os crentes são tentados a realizar as mesmas obras das trevas que realizavam antes. Isso acontece todos os dias, todas as horas, todos os instantes. Os crentes são tentados a olhar para o que não devem, a falar o que não podem, a fazer o que desagrada a Deus, e aqueles que não tomam o remédio prescrito pela Escritura cedem às tentações todos os dias. E, quanto mais pessoas souberem dessas quedas dos crentes, tanto maior será o escândalo provocado. Há crentes que cedem diariamente às tentações, porém, por manterem essas quedas em segredo, não causam escândalos (embora estejam sujeitos a isso).
Mas Deus, que tudo vê, enxerga que esses filhos estão vivendo no pecado como antes e manifestando aparência de santidade na frente dos outros, numa grande hipocrisia. E qual é o remédio para que não se caia na tentação? A vida de oração. O cristão que vive em contínua oração vence as tentações, sendo verdadeiro diante dos homens e verdadeiro diante de Deus. Jesus orava sem cessar; a igreja, em Atos, perseverava todos os dias em oração; a doutrina dos apóstolos nos ordena a orarmos sem cessar, mas, mesmo assim, a igreja de nossos dias tem esvaziado os cultos de oração. Como poderá permanecer santa, imaculada, obedecendo à lei do Senhor?
As tentações não deixarão de vir. É ignorância orar para que a tentação não venha, mas é obediência orar para não ceder à tentação, para não cair nela.
Pastor Edson Rosendo
Igreja Batista Reformada de Caruaru

DEUS NOS RECONCILIOU CONSIGO MESMO



Pastor Fabiano Rocha

E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação” 2 Coríntios 5:18;

O pecado trouxe separação entre Deus e o homem. Os pecadores, na condição de escravos do pecado, estão profundamente alienados de Deus. Estão destituídos da glória do seu criador. Em razão disso, eles não desfrutam da paz com Deus. O homem tornou-se inimigo de Deus e vive sem propósito, sua vida não tem razão de ser. Sua existência não cumpre a finalidade para a qual foi criada. Há um estado de profunda inimizade entre Deus e os homens. Paulo, em Cl 1:21 diz que os crentes de Colosso eram estranhos e inimigos no entendimento pelas obras malignas que praticavam. Em razão do estado de total depravação, o homem que foi criado para o glória de Deus vive em total ruína e seu estilo de vida é caracterizado como “obras malignas”, pois tudo que faz concorre contra a vontade do Senhor. Isso mostra uma profunda necessidade de reconciliação. De sairmos desse estado de inimizade para amizade. De total distância para próximos novamente. Isso seria como voltar do estado que estamos através de uma mudança profunda da nossa condição.
Mas o que a Escritura ressalta é a necessidade de reconciliação. Ela também enfatiza a maneira pela qual fomos re-conciliados. A Bíblia apresenta a reconciliação como uma obra única e exclusiva de Deus. Ela começa com Ele e termina com Ele. Deus tomou a iniciativa de nos reconciliar consigo mesmo. Retornar a condição primeira é algo completamente impossível aos homens por mais que eles envidem esforços. Jamais seríamos reconciliados com o Criador sem a ação primeira de sua parte, pois a condição de totalmente depravados nos impossibilitou cumprirmos a vontade de Deus e vencer a causa da alienação, o pecado. A ênfase da reconciliação é em todos os aspectos monergística. Paulo confirma essa verdade em 2 Co 5:18-19. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo”. Fomos reconciliados através da obra de Cristo e não através da nossa obra. A morte de Cristo como o agente da reconciliação é declarada como a manifestação suprema do amor de Deus aos homens. Em Cristo, a reconciliação torna-se algo possível, pois nele toda justiça de Deus é satisfeita. Ele assumiu perfeita e completamente o lugar do homem no plano de redenção. Deus nos aceitou no Amado.
Portanto, a reconciliação realizada pela morte de Cristo muda a relação de Deus com os homens. Ela anula a relação de inimizade e alienação e efetua uma relação de graça e paz. Deus, por si mesmo e segundo a sua vontade, removeu por seu próprio Filho a causa da ofensa e nós recebemos a reconciliação. Essa é a mensagem da graça transmitida no evangelho de que o próprio Deus fez provisão em Cristo para mudar nossa relação com Ele. 

Pastor Fabiano Rocha
Igreja Batista Reformada de Taguatinga

Mackenzie: Em Defesa da Liberdade de Expressão Religiosa



A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.
  
Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.

Para ampla divulgação.