MEDITANDO NO TRABALHO MISSIONARIO

Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Isaías 6:8

sábado, 26 de maio de 2012

A GRANDE VIRTUDE CRISTÃ: ESPERANÇA



Ó minha alma, espera somente em Deus, porque dele vem a minha esperança. Salmo 52.5
*Pastor Fabiano Rocha


A esperança cristã tem como fundamento as promessas divinas. Ao contrário do que talvez imagine o senso comum, a esperança cristã não está reservada para o futuro, quando Deus cumprirá cabalmente suas promessas. Ela se manifesta já no presente, pois aqui Deus se revela e atua. Assim, já podemos experimentar hoje algo do porvir celestial, onde finalmente serão enxugadas as lágrimas de nossos olhos. Porém, o fazemos de forma parcial, pois vivemos ainda sob a influência do pecado.
As promessas de Deus a Abraão e ao povo de Israel – terra, descendência, proteção e livramento – são metáforas do destino que Deus tem para aqueles que são chamados pela sua graça e caminham com Ele nessa existência (Gn 12:1-3; Ex 3:7-12). Porém, mais do que meras metáforas são também revelações de nossa salvação final. Assim, a partir de pequenas experiências cotidianas da graça e benevolência de Deus, podemos ter uma idéia, um gostinho de como será o nosso futuro.
Embora vivendo de forma parcial essas promessas, por meio da esperança cristã as aguardamos de forma intensa. É dessa forma que a Escritura mostra essa grande virtude cristã e que está associada à fé e ao amor. A essência e a característica desta grande virtude não é a apatia que nos faz sentar, deixando as coisas acontecerem ou agüentar passivamente todos os acontecimen-tos da vida. Não é meramente passar por algumas coisas, é antes de tudo esperar de forma firme e dinâmica. É um esperar fulgurante do cumprimento das promessas de Deus.
Não é o espírito de quem fica sentado num só lugar aguardando estaticamente, mas sim o espírito que suporta as provações porque sabe que tudo isso o levará para um alvo de glória. Crisóstomo a chama de "raiz de todo bem", mãe da piedade", "fruta que nunca murcha", "fortaleza que nunca é tomada", "porto que não conhece tempestade". William Barclay a chama de "a rainha das virtudes", "alicerce das ações corretas". É também a virtude que pode atravessar a provação mais severa em glória porque, além da dor, vê o alvo. E o alvo a que o olhos da esperança estão postos é Cristo, em quem todas as promessas de Deus têm o amém.
Portanto, vivendo sob a dinâmica do "já e ainda não", experimentamos hoje algo da salvação que nos está prometida. Esperamos com esperança que não desiste, não pára e não retrocede. Como diz o apóstolo Paulo em Rm 5:5, "a esperança não confunde, porque o amor de Deus está derramado no coração de seus filhos". 
*Pastor Fabiano Rocha - Igreja Batista Reformada de Taguatinga

A ORAÇÃO DE JESUS NO JARDIM



E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus 

Cristo, a quem enviaste. 
João 17:3


*Pr Edson Rosendo
Foi no Jardim das Oliveiras onde Jesus fez sua memorável oração ao Pai, na qual ele pede que o Pai lhe glorifique e que ele glorifique ao Pai. Ele afirmou que tinha poder para salvar todos os homens, mas só salvaria aqueles que o Pai lhe deu. Afirmou que revelou o Pai aos seus discípulos, entregando-lhes as suas palavras, e que, por isso, ora por eles, protegendo-os, exceto Judas Iscariotes, para se cumprir o que havia sido determinado pelo Pai. Disse ainda que santifica os seus discípulos na verdade porque a Palavra do Pai é a verdade. Assim, na condição de santificados, eles seriam enviados ao mundo. Por isso Jesus pede ao Pai que una os discípulos, concedendo-lhes paz, protegendo-os, não os tirando do mundo, mas livrando-os do mal. Jesus ainda pediu ao Pai que santificasse cada um dos seus discípulos para que muitos viessem a crer pela pregação que profeririam. Jesus pediu que, quando os ouvintes fossem chamados pela pregação deles, o Pai, então, unificasse a igreja, que seria formada pela reunião desses novos crentes, a fim de que a novel igreja honrasse o Filho de Deus, o Salvador, e assim, que a igreja demonstrasse o seu amor para com os demais homens, amando-os em Cristo. A igreja, assim, deveria desfrutar e gozar desse amor de Deus, aqui e muito mais na eternidade, quando Jesus pede que a igreja desfrute da glória de Cristo nos céus, para todo o sempre. Essa foi a oração de Jesus proferida na iminência de ser preso, julgado, condenado e crucificado. Em cada etapa, ele manifesta uma só preocupação: com seus discípulos, qual mãe que quer proteger seus filhotes, livrando-os de todos os predadores. Preocupação não apenas com os seus discípulos, mas com todos os crentes, de todas as eras. Essa é a razão pela qual somos tão protegidos, tão amados, tão conduzidos pelas veredas da justiça. Deus atendeu à oração de seu Filho amado, e esses efeitos perduram até hoje – na verdade, até o fim do mundo.

Edson Rosendo é pastor da Igreja Batista Reformada de Caruaru