MEDITANDO NO TRABALHO MISSIONARIO

Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

Isaías 6:8

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A IMUTABILIDADE DE DEUS



*Fabiano Rocha

Mas tu, SENHOR, permanecerás para sempre, a tua memória de geração em geração. Salmos 102:12 

Os atributos de Deus podem ser definidos como comunicáveis ou incomunicáveis. Os atributos incomunicáveis são aqueles em que Deus torna-se distinto de suas criaturas. São atributos dos quais nós não participamos. Diferente dos atributos comunicáveis. Os homens foram criados à imagem e semelhança de Deus. Com isso, possuímos aspectos do ser de Deus que foram comunicados a nós. Temos condições de amar, sermos pacientes, exercer justiça e sermos bondosos, mas não podemos ser onipresentes, onipotentes, oniscientes, nem independentes (autônomos). Essa divisão do ser de Deus não quer dizer que Ele seja divido, mas é um recurso didático que possibilita uma melhor noção da forma como Deus se revelou. Um dos atributos de grande evidência em tudo aquilo que Deus realiza, e que podemos caracterizá-lo como incomunicável é a sua imutabilidade. Esse aspecto do seu caráter revela que tudo o que Deus decretou está fundamentado em sua vontade soberana e que nada do Ele que planejou fazer carece de perfeição.

Deus é imutável não somente em seu ser, mas também em suas perfeições, propósitos e promessas. A marca registrada dos projetos e intentos humanos é a imperfeição, as mudanças de propósitos e a alteração de planos. Nós, com freqüência precisamos ponderar e voltar atrás muitas vezes. Isso por que nossos planos são marcados por nossa limitação, imperfeição e mutabilidade. Porém em Deus não há mudança nem sombra de variação. Tudo o que Ele planejou fazer e está executando, está plenamente de acordo com o seu ser e com o seu plano traçado desde a eternidade.

O salmista, no salmo 102, demonstra por meio de contraste o que também podemos chamar de inalterabilidade de Deus. O poeta coloca de um lado a terra e o céu e do outro a pessoa de Deus. E a conclusão que chega é a pura verdade: “em tempos remotos, lançastes os fundamentos da terra, e os céus são obras das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permaneces, todos eles envelhecerão como uma veste, como roupa os mudarás, e serão mudados. Tu, porém permaneces o mesmo, e os teus anos jamais terão fim”. Deus exorta o povo de Israel utilizando aspectos do seu próprio caráter imutável, quando diz por intermédio do profeta: “Porque eu, o Senhor, não mudo, por isso vós não sois consumidos” (Ml 3:6). Não havia outra razão para tanta paciência divina para com aquela nação que fora tão rebelde e obstinada. Quando lemos as narrativas históricas, vemos a longanimidade da parte de Deus para com eles. A maneira correta de se compreender aquela paciência em suportar tanta rebeldia não é olhando para os rebeldes e sim para o próprio ser de Deus. A única razão está na imutabilidade do Criador.

Essa verdade parece simples e abstrata ou até mesmo distante de uma relação prática para com tudo o que nos cerca e para com as nossas vidas. Mas imaginemos a possibilidade de Deus constantemente mudar de idéia. Ou se aquilo que prometeu há séculos atrás hoje não estivesse mais de pé! Que terror e que incerteza seriam para nós crermos em todas as suas promessas e planos. Mas não há essa possibilidade. Podemos ter a plena certeza de que tudo aquilo que Ele prometeu fazer irá cumprir e fazer acontecer de forma perfeita e imutável. Não somente porque vimos se cumprir no tempo muitas promessas feitas por Ele, mas porque Ele é perfeito e imutável.
Fabiano Rocha é pastor da Primeira Igreja Batista Reformada de Taguatinga-DF

Nenhum comentário:

Postar um comentário